Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Noblat Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Weintraub pede a palavra mais uma vez e pode perder a cabeça

Ministro se explica e se complica

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 30 jul 2020, 18h54 - Publicado em 25 Maio 2020, 09h00

Onde antes se leu:

Abraham Weintraub, ministro da Educação, em reunião de 22 de abril último com os demais colegas e o presidente Jair Bolsonaro, chamou de “vagabundos” os ministros do Supremo Tribunal Federal e disse que eles deveriam ser presos;

Leia-se agora:

Abraham Weintraub, ministro da Educação, em reunião de 22 de abril último com os demais colegas e o presidente Jair Bolsonaro, chamou de “vagabundos” alguns dos ministros do Supremo Tribunal Federal e disse que eles deveriam ser presos.

Foi o próprio Weintraub quem pediu a retificação. Afirmou, sem perder a pose, que interessados em desestabilizar o país manipularam sua fala original. Como se uma fala dele, por mais criminosa que tenha sido, fosse capaz de desestabilizar o país.

Continua após a publicidade

O ministro dá-se uma importância que jamais teve. Está no cargo por indicação do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, o guru da ensandecida família Bolsonaro. Ao mesmo tempo, tenta subtrair importância à declaração que de fato fez.

Está no vídeo que Bolsonaro e sua malta se empenharam, sem sucesso, em ocultar. Weintraub não se referiu a alguns dos ministros do Supremo. Referiu-se a todos. Se sua intenção era referir-se a alguns,  pouco importa. Vale o que foi gravado.

Só por curiosidade: não seria o caso de o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo, intimar Weintraub para que nomeie os ministros que quis ofender quando disse o que disse? E para que apresente provas capazes de sustentar o que disse?

Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, aconselhou Bolsonaro a demitir Weintraub. Era o que ele faria, garantiu, se estivesse no lugar do presidente. Bolsonaro ouviu Weintraub sem reagir porque pensa como ele.

Continua após a publicidade

Celso de Mello, que preside o inquérito que apura se Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal, pediu aos demais ministros do Supremo que se manifestem sobre se sentiram ou não ofendidos por Weintraub, seja na versão 1 ou na versão 2.

Como ficará a imagem da Justiça se os ministros do Supremo responderem que não se sentiram ofendidos? Ou se preferirem guardar silêncio a respeito? Então liberou geral para que qualquer pessoa repita impunemente o que disse Weintraub.

Preocupado em salvar a própria face, como se isso fosse possível a essa altura, Bolsonaro quis procurar Toffoli para se explicar. Toffoli escapou de compartilhar o vexame: internou-se para a retirada de um abcesso. Pode ter sido infectado pelo Covid-19.

O bolsonavírus não poupa ninguém.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.