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Por Coluna
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Saúde não rima com pressa

Os perigos do poder

Por Ricardo Noblat
Atualizado em 5 fev 2019, 16h15 - Publicado em 5 fev 2019, 07h00

Aconteceu o que médicos craques no assunto haviam previsto sob a condição de não serem identificados para não arranjar confusão.

Não fez bem ao capitão a pressa em reassumir a presidência da República ainda no leito de hospital onde se recupera de cirurgia.

Era para Bolsonaro deixar amanhã o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ou, no máximo, na quinta-feira.

Se tudo correr bem até lá, a alta só lhe será concedida na próxima segunda-feira. Rezem por ele, como pediu seu filho Carlos.

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Ninguém que passou pelo que ele passou teria ido tão cedo para casa como foi depois de duas cirurgias em menos de 15 dias.

Mas haveria a terceira para a retirada da bolsa de colostomia. Que só agora foi feita para não atrapalhar sua agenda política.

Montou-se então às pressas uma unidade hospitalar na casa do capitão no Rio. E de lá ele continuou sua campanha a presidente.

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Uma vez eleito, adiou-se a terceira cirurgia para que ele pudesse organizar o seu governo e, por fim, tomar posse.

Adiou-se mais uma vez para que voasse ao Fórum Mundial de Davos onde pagou o inesquecível mico do discurso de 6 minutos.

Para livra-se do protagonismo do general Hamilton Mourão, Bolsonaro só o deixou no cargo de presidente em exercício durante dois dias.

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Anunciou-se que 48 horas depois Bolsonaro começaria a despachar. Encenou-se o despacho com um assessor da Casa Civil.

Ao encenar-se outro, desta vez por videoconferência com o general Augusto Heleno, os médicos intervieram. Basta!

Proibiram Bolsonaro de falar para não acumular gases. Proibiram de ver televisão. Reduziram as visitas ao mínimo.

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Por isso ou por aquilo outro, ele apresentou sintomas de infecção e está sendo tratado à base de antibióticos. Não está descartada uma quarta cirurgia, conforme admitiu seu porta-voz.

O poder é algo tão inebriante que os poderosos preferem muitas vezes pôr a vida em risco a abrir mão dele mesmo que temporariamente.

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A história está repleta de exemplos disso por aqui. Foi assim com o ex-ministro da Justiça Petrônio Portela em janeiro de 1980. Ele escondeu que era cardíaco.

Foi assim também com o presidente Tancredo Neves em 1985. Para tomar posse, ele escondeu a infecção intestinal que o mataria.

Que o capitão tenha melhor sorte. Creio que é o desejo de todos, independentemente de ideologia, religião e demais diferenças.

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