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Por Coluna
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A compaixão e a força do Feminino

Psicanálise da Vida Cotidiana

Por Carlos de Almeida Vieira
16 Maio 2018, 16h02

“Se o olho não tivesse sol
Como veríamos a luz?
Sem a força de Deus vivendo em nós
Como o divino nos seduz?
Goethe, citado por Márcio Suzuki em seu
ensaioA ciência simbólica do mundo, in
Poetas que pensaram o mundo, Cia. Das Letras, 2005.

Recebi de uma colega essa semana, a sublime mensagem: “Está acontecendo um pequeno milagre, quase completamente ignorado pelos meios de comunicação: milhares de mulheres judias, muçulmanas e cristãs têm caminhado juntas em Israel pela paz. Em um novo vídeo do movimento ‘WomenWage Page’, a cantora YaelDeckelbaumcanta a canção “PrayeroftheMothers”, junto às mulheres e mães de todas as religiões, mostrando que o mundo esta mudando e deve mudar. Um milagre todo feminino que vale mais que mil palavras. Shalon!Salan!Peace! Paz”

O mundo está em crise, à beira de uma catástrofe, talvez o prenúncio de uma nova ordem, face aos efeitos destrutivos de uma mentalidade capitalista selvagem num conluio com uma ideologia tecnocrata, colonizadora e assassina dos direitos humanos.

É bom lembrar que a transgressão de Eva foi um ato que humanizou os anjos, tornando-os “anjos caídos”. Anjos caídos somos nós humanos, livres da idealização paradisíaca. Enfatizo aqui a força e compaixão feminina, simbolizada na mensagem acima citada, para que não se confunda com o “femismo””, termo idêntico ao “machismo”, símbolo de um poder fálico destrutivo responsável pela possibilidade iminente de extermínio da humanidade.

Essas mulheres judias, muçulmanas e cristãs mostram ao mundo a compaixão aos sofrimentos dos seus filhos, abatidos pela sociedade perversa, invejosa, ávida; sociedade onde as pessoas de poder dominante ao preservar seus métodos corruptos, seus roubos das verbas públicas e sua anestesia afetiva, matam mais do que as guerras.

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É hora de ter a esperança de uma nova atitude humanista; uma ordem na qual a parceria, o vínculo afetivo, o sentido grupal, o sentido social substitua a ideologia do narcisismo mortífero, onde o egocentrismo é o foco e a realização dos grupos dominantes. No poema O Sobrevivente, o nosso Carlos Drummond já poetava assim: “Impossível compor um poema a essa altura da humanidade…o último trovador morreu em 1914”.

 

Carlos de Almeida Vieira é alagoano, residente em Brasília desde 1972. Médico, psicanalista, escritor, clarinetista amador, membro da Sociedade de Psicanálise de Brasília, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e da International Psychoanalytical Association 

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