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Por Coluna
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A bola vai rolar

Neste momento histórico, o tão precioso Estado de Direito Democrático está sob risco.

Por Roberto Freire
Atualizado em 10 ago 2018, 14h00 - Publicado em 10 ago 2018, 14h00

O momento atual guarda alguma similaridade com os anos que antecederam a derrocada da ditadura militar.

Compôs-se uma ampla frente democrática, inclusive com dissidentes do regime militar, que nos levou paulatinamente a acuar a ditadura, a alargar as frestas democráticas e finalmente, no Colégio Eleitoral, com Tancredo e o apoio das multidões nas ruas, a levar o autoritarismo à lona.

Havia a mesma discussão que existe hoje entre alguns setores democráticos.

Os “puristas“ queriam colocar na porta da frente democrática uma espécie de “comissão de admissão”.

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Ela julgaria o grau de “pureza” e daria o veredito: “este não entra, aquele sai”. Não prosperaram.

Havia também aqueles que simplesmente rejeitavam derrotar a ditadura em seu próprio território, o Colégio Eleitoral. Torciam pelo “quanto pior, melhor”.

Refiro-me ao Partido dos Trabalhadores, que se eximiu de votar e sofreu a dissidência dos deputados federais Aírton Neves, Bete Mendes e José Eudes. Os três foram expulsos do PT, na ocasião, por terem seguido suas consciências e votado em Tancredo Neves, para derrotar Paulo Maluf, candidato da ditadura militar.

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Neste momento histórico, o tão precioso Estado de Direito Democrático está sob risco.

À extrema-direita, o bolsonarismo o ameaça com seu discurso tosco de endurecimento do tratamento das questões da sociedade, na base da “lei”, da “ordem, da ”moral” e da bala. O discurso é roto, carcomido, vem lá dos anos 30, do fascismo, do pré-64, mas tem adeptos, que não são poucos e não podem ser subestimados liminarmente.

Do lado esquerdo do espectro, os lulopetistas desafiam abertamente a institucionalidade e pregam sua ilegitimidade, tudo porque o Judiciário condenou o Supremo Líder por corrupção e lavagem de dinheiro, encarcerado e excluído do processo eleitoral, como reza a legislação.

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Todas, rigorosamente todas as forças políticas democráticas, da direita à esquerda, têm de eleger seu inimigo comum, que não é outro senão as ameaças à continuidade do Estado de Direito Democrático.

O campo democrático estava pulverizado nessas eleições.

Não está mais.

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Embora ele se divida entre algumas candidaturas, já há claramente uma ampla frente eleitoral unificada, da direita à esquerda, forças democráticas que rejeitam o bolsonarismo e o lulopetismo e são capazes de enfrentar política e eleitoralmente esses dois extremos, com crescentes possibilidades de sucesso.

Nada está garantido previamente.

O processo eleitoral propriamente dito, nas ruas, nas casas, nas praças, nos bares, nas mídias eletrônicas, nas redes sociais está no começo. E é inédito, pela duração curta da campanha e pelas novas regras da propaganda radiotelevisiva.

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Os times foram escalados, suas estratégias e táticas definidas.

A bola vai começar a rolar, em dias.

Em jogo, a defesa da continuidade do Estado de Direito Democrático e a estabilização da economia, para que se dê a retomada segura e vigorosa do crescimento econômico.

*Roberto Freire é presidente nacional do PPS 

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