Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Saraiva mostra provas fartas de ilegalidade que Salles defendeu

Em depoimento para comissão da Câmara, Alexandre Saraiva explicou notícia-crime contra ministro do Meio Ambiente

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 abr 2021, 18h20

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, aceitou como verdadeiros documentos com indícios fortíssimos de fraude e relacionados à madeira apreendida no Amazonas, na operação Handroanthus. Essa é a constatação do delegado Alexandre Saraiva, retirado da superintendência da Polícia Federal no Amazonas depois de apresentar notícia-crime contra Salles ao Ministério Publico Federal (MPF) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em depoimento dado nesta segunda, 26, às Comissões de Legislação Participativa da e de Direitos Humanos dos  Câmara dos Deputados, o delegado Alexandre Saraiva afirmou que a documentação enviada pelos empresários que reclamavam a madeira era completamente irregular. Além disso apareceram reclamantes de apenas uma parte pequena da madeira.

Alexandre Saraiva mostrou numa apresentação de power point uma série de provas de fraude nos documentos que foram apresentados como sendo dos supostos donos da madeira que o ministro Ricardo Salles disse que era legal.

O delegado enfatizou que todas essaas provas foram apresentados ao Ministro. Ele as ignorou e insistiu que a madeira era legal. “Essa série de contradições não deixa a menor sombra de dúvida da ilegalidade”, afirmou Saraiva.

Continua após a publicidade

“Só um dos supostos proprietários, por exemplo, deve nove milhões de reais em multas, e isso o ministro deve saber”, disse ele, na Câmara. Segundo o delegado, a intenção dos documentos enviados pelo órgão ambiental, com o aval de Salles, era iludir a polícia.

“Quando eu vi aquele conjunto de documentos que foi numa reunião organizada ou pelo menos com a participação direta do ministro do meio ambiente… quando aquilo se mostrou uma fraude imensa onde se buscava iludir a autoridade policial, eu entendi por correto encaminhar notícia- crime ao Supremo Tribunal Federal apontando aquele fato”, declarou Saraiva.

O delegado destacou que Ricardo Salles recebeu todos os laudos e informações necessárias para fazer o “juízo de valor” sobre o caso, mas preferiu proteger os criminosos.

Continua após a publicidade

O senhor ministro fez uma inversão e tornou legítima a ação dos criminosos e não a do agente público”, disse Saraiva em referência à operação da Polícia Federal que resultou na apreensão recorde de madeira extraída ilegalmente no Amazonas.

Como a coluna mostrou, a saída de Saraiva da superintendência da PF no Amazonas logo após a notícia-crime contra Salles é uma prova de que a ideia do presidente Jair Bolsonaro de intervir na corporação deu certo.

A apresentação da notícia-crime contra Salles agrava a situação do governo, que já tem sido criticado pela política ambiental ineficiente e pelos recordes de desmatamento na Amazônia que têm sido registrados nos últimos meses.

Continua após a publicidade

Durante cúpula do clima realizada na semana passada, Bolsonaro tentou mudar o discurso em relação ao meio ambiente, mas a equipe do governo vai precisar de mais do que palavras para convencer que seu ministro do Meio Ambiente não defende criminosos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.