Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Prisão de Bannon é pior para o bolsonarismo do que para o trumpismo

Trump se afastou do seu ex-estrategista, mas a família Bolsonaro “herdou” o extremista e Eduardo passou a ser o seu representante na América Latina

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 ago 2020, 12h47 - Publicado em 20 ago 2020, 12h31

A prisão de Steve Bannon, ex-conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, consegue, por incrível que pareça, ser pior para o bolsonarismo do que para o trumpismo. Conhecido por espalhar teorias conspiratórias de extrema-direita, o marqueteiro, após ter sido elevado ao posto de estrategista-mor, foi expurgado por Trump. Acabou adotando a família Bolsonaro, que o tratou sempre com pompas e circunstâncias. O filho Zero Três, deputado Eduardo Bolsonaro, virou não só amigo, mas seu representante na América Latina para promover ideias e candidaturas ultraconservadoras aos governos da região.

Ou seja, enquanto os Trumps se afastaram de Bannon, os Bolsonaros se aproximaram. O estrategista é o grande amigo internacional do parlamentar brasileiro, integrante da família presidencial mais cotado para assumir o espólio político do pai no futuro. Na verdade, Bannon é mais que amigo de Eduardo Bolsonaro. É o chefe da organização The Movement, de extrema direita, da qual o filho Zero Três é membro emérito e articulador. A projeção de Eduardo Bolsonaro no exterior se dá justamente através de Steve Bannon. 

ASSINE VEJA

A encruzilhada econômica de Bolsonaro Na edição da semana: os riscos da estratégia de gastar muito para impulsionar a economia. E mais: pesquisa exclusiva revela que o brasileiro é, sim, racista ()
Clique e Assine

Agora às voltas com a acusação de desvio de dinheiro levantado dentro da campanha “Nós Construímos o Muro” – promessa de Trump de edificar a divisória entre Estados Unidos e México -, Bannon se encontra negativamente nos holofotes, o que enfraquece todo o seu projeto de ver o ultranacionalismo se erguer pelo mundo afora, ganhando voos não só nos EUA, mas na Europa e na América Latina.

Continua após a publicidade

Mas o que isso tem a ver com o Brasil? Particularmente, fortalece o esforço de coibir, através do inquérito das fake news em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), esse comportamento ativista e, muitas vezes criminoso, da extrema direita nas redes sociais. E – o  mais importante – jogar luz nas redes obscuras de financiamento da máquina de ódio e disseminação das notícias falsas. Bannon é dono de uma rede de sites de desinformação e sua atuação nebulosa na áreas das mídias sociais inspira movimentos no Brasil. 

Com todos os encontros e aconselhamentos para a família Bolsonaro (entenda as ligações na coluna Maquiavel), Bannon agora saiu do posto de mentor para o de mais um problema. Mesmo que a arrecadação privada para o muro, alvo de investigação que o levou ao xilindró nesta quinta-feira, 20, não tenha nada ver com o Brasil, sua atuação ao longo dos anos poderá ser foco de possíveis novos inquéritos, avisam os jornais americanos. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.