Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

General Pazuello se equilibra entre o técnico e o político

No meio das demandas do Ministério da Saúde, que administra na pandemia, o militar recebeu a embaixadora do "governo” Guaidó e fez gestos ao parlamento

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jun 2020, 13h23 - Publicado em 30 jun 2020, 08h45

Em meio ao avanço impiedoso da pandemia do coronavírus no país, o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, tem tido pouco tempo para ir aos estados devastados pela Covid-19 – esteve em seis entes da federação. Não há registro de encontros com familiares das vítimas atingidas pela catástrofe. Mas teve tempo de receber a representante de um não governo. 

Na semana passada, Pazuello abriu sua agenda para encontrar a embaixadora Maria Teresa Belandria, do autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó. Belandria é reconhecida pelo Itamaraty como embaixadora da Venezuela, enquanto o regime chavista liderado por Nicolás Maduro continua no poder. Entre outras coisas, é a responsável por ajudar a produção de documentos dos venezuelanos no Brasil. 

ASSINE VEJA

Wassef: ‘Fiz para proteger o presidente’ Leia nesta edição: entrevista exclusiva com o advogado que escondeu Fabrício Queiroz, a estabilização no número de mortes por Covid-19 no Brasil e os novos caminhos para a educação ()
Clique e Assine

O general Pazuello deve se sentir ligado à causa humanitária da Venezuela, até porque chefiou a operação Acolhida, ação militar responsável por ajudar imigrantes venezuelanos no Brasil. Mas existem agendas paradas dentro do Ministério onde, evidentemente, não falta frente de trabalho.

Receber a embaixadora é sem dúvida um gesto político. Ela pediu audiência para agradecer ao ministro a ajuda dada aos venezuelanos no combate ao novo coronavírus. O problema é que a ideia de um governo Guaidó permanece, de certa forma, uma ficção. Foram políticos também alguns dos atos em relação à pandemia, o mais explícito deles estar presente uma vez numa aglomeração em que se pediam medidas antidemocráticas. Neste caso, fica ainda pior ao ministro interino porque ele é um militar da ativa e seus gestos são olhados com mais cuidado.

Continua após a publicidade

Em audiência pública virtual organizada pelo Senado, Pazzuello deu bons passos e no caminho correto. Causou boa impressão quando disse ser solidário às famílias das vítimas e repetiu algumas vezes que era preciso despolitizar o combate ao coronavírus, elogiando os parlamentares governistas, os oposicionistas, assim como “nível do debate” no Congresso Nacional. E, para a cereja do bolo, o militar ainda exaltou o Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde que assumiu como interino, em meados de maio, o ministro visitou poucas cidades nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, São Paulo e Rio de Janeiro. “Visitamos hospitais e agenda com governadores (e secretários) e prefeitos das capitais (e secretários)”, afirmou a assessoria do Ministério da Saúde à coluna. Outra agenda importante na área técnica foi a visita à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde esteve no Centro Hospitalar da instituição para a pandemia da Covid-19. A torcida no Ministério da Saúde é para que ele se dedique cada vez mais às questões da emergência sanitária. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.