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À espera de Lula, esquerda anuncia atos contra Bolsonaro em 400 cidades

Dia de manifestações pelo impeachment do presidente tem protestos marcados em todas as capitais; petista convoca, mas se diz em dúvida sobre participar

Por Camila Nascimento
Atualizado em 19 jun 2021, 08h52 - Publicado em 19 jun 2021, 07h00

Partidos de oposição, movimentos sociais, sindicatos, entidades estudantis e organizações de esquerda esperam reunir milhares de manifestantes em protestos agendados para mais de 400 cidades, incluindo todas as capitais, contra o presidente Jair Bolsonaro — se confirmada a previsão, será maior que as manifestações do dia 29 de maio, quando houve registros de atos em 213 cidades, segundo os organizadores.

O principal mote do protesto deve ser o pedido de impeachment do presidente, que já vem sendo divulgado por meio de hashtags nas redes sociais, mas os manifestantes também devem levar bandeiras como a exigência de maior oferta de vacinas e a volta do auxílio emergencial de 600 reais, além de fazer críticas ao aumento dos preços dos alimentos e à privatização da Eletrobrás.

Embora tente não dar caráter eleitoral aos atos, o PT é uma das principais organizações envolvidas na convocação de manifestantes. Há uma expectativa sobre a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um dos protestos — talvez o da Avenida Paulista, em São Paulo, a partir das 16h –, mas o até agora principal adversário de Bolsonaro na corrida eleitoral para a Presidência em 2022 não confirmou a sua ida. No Twitter, na quinta-feira, 17, disse que está em dúvida por não querer “ transformar um ato político em um ato eleitoral”.

Apesar da declaração, Lula, que não foi às manifestações de 29 de maio, vem apoiando os protestos deste sábado por meio de mensagens no Twitter. “Fico feliz que o povo esteja brigando pelos seus direitos”, afirmou. Segundo o ex-presidente, as manifestações promovidas pela esquerda não podem ser igualadas às “motosseatas” quem vêm sendo feitas por Bolsonaro. “Um lado usa máscara, álcool gel; o outro lado vai sem máscara e nega a vacina”, escreveu. 

Os organizadores estão pedindo que os manifestantes sigam algumas medidas para impedir a transmissão da Covid-19, como usar máscaras PFF2 durante todo o ato, passar álcool em gel e manter um distanciamento de dois metros entre as pessoas — na primeira manifestação, essas orientações não foram seguidas na maioria dos protestos e houve aglomerações.

Além do PT, outros partidos que estão convocando para a manifestação são o PSOL e o PCdoB. Também participam do movimento a Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Coalizão Negra por Direitos, UNE (União Nacional dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Central de Movimentos Populares, MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra),  CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), entre outros. 

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Cidades

Na manifestação anterior — a primeira convocada pela  esquerda desde o início da pandemia –, a maior concentração ocorreu em São Paulo, fato que deve se repetir nos protestos deste sábado. A concentração deverá ocorrer a partir das 16h em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), tradicional ponto de manifestações na Avenida Paulista.

No Rio de Janeiro, a manifestação está prevista para ocorrer de manhã, com saída ás 10h do monumento Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargfas (região central), e término na praça da Candelária, também no centro.

Na capital federal, o ato também está previsto para a manhã. Por volta das 8h, uma carreata deverá seguir da Praça do Buriti em direção à Praça dos Três Poderes. Também está prevista uma caminhada da Biblioteca Nacional em direção ao Congresso, às 9h.

Em algumas capitais, como Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, estão sendo organizadas manifestações com ciclistas. Há previsão de protestos também em alguns locais no exterior, como Estados Unidos, Itália, Alemanha, Bélgica, Canadá, Argentina e Inglaterra.

Os atos da oposição acontecem uma semana depois de o presidente Jair Bolsonaro ter mobilizado pouco mais de 6.600 motos em uma passeio em São Paulo, que saiu do sambódromo, foi até Jundiaí (60 km da capital) e terminou no Ibirapuera. Foi o terceiro ato desse tipo protagonizado pelo presidente — antes, ele havia reunido milhares de simpatizantes em Brasília e no Rio de Janeiro. Ele já prepara uma nova “motosseata” para Chapecó (SC), no outro sábado, dia 26.

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