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Jorge Pontes foi delegado da Polícia Federal e é formado pela FBI National Academy. Foi membro eleito do Comitê Executivo da Interpol em Lyon, França, e é co-autor do livro Crime.Gov - Quando Corrupção e Governo se Misturam.
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Bolsonarismo e petismo saem derrotados das urnas

Nas eleições de 2022 não queremos mais chegar no segundo turno e ter que escolher o menos pior

Por Jorge Pontes
Atualizado em 30 nov 2020, 12h28 - Publicado em 30 nov 2020, 12h24

As eleições municipais de 2020 trouxeram dois grandes perdedores: as extremas representadas pelo petismo e por sua pretensa antítese, o bolsonarismo.

Os candidatos apoiados pelo presidente Bolsonaro sofreram derrotas acachapantes nas grandes metrópoles, enquanto o Partido dos Trabalhadores perdeu feio e igualmente ficou de fora do poder nas 27 capitais.

Mas a grande façanha política desse pleito foi a derrota concomitante dos dois extremos, que tentavam nos fazer crer serem um jogo de soma zero e, respectivamente, antídotos entre si.

Bolsonaro definitivamente não tem, como seus apoiadores queriam acreditar, o monopólio da força para barrar um retorno do PT. E, em contrapartida, muito menos seria a ressureição de um Partido dos Trabalhadores errático e que nunca se dignou a produzir um mea culpa, o antídoto para enfrentar o bolsonarismo.

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A onda do bolsonarismo passou, e isso pode ser comprovado pelos inúmeros parentes do presidente que, envergando o sobrenome Bolsonaro nas cédulas, tiveram votações inexpressivas.

Extremo não se combate com extremo, muito pelo contrário. O bolsonarismo deve ser enfrentado com posições de centro, de equilíbrio e moderação, e de forma a aglutinar novamente a nossa sociedade.

O pleito desse ano já nos sinaliza qual será a grande demanda para 2022. Não queremos mais candidatos que vivem em guerra constante com a realidade, não queremos mais radicalismos, não queremos mais fake news em profusão, não queremos candidatos que desconstruam os oponentes com mentiras, não queremos candidatos que neguem verdades e que se omitam diante dos riscos ambientais que corremos, que aprofundem o divisionismo em nossa sociedade, e que neguem a urgência e atrasem o enfrentamento da corrupção sistêmica do nosso país.

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Queremos uma eleição em que não priorizaremos derrotar ninguém, mas sim eleger um candidato. Não há mais tempo para negação. Queremos ser afirmativos em relação aos nossos desejos e pretensões.

Em suma, não vamos querer mais usar o nosso voto contra alguém ou alguma coisa, mas sim a favor de um nome e de um projeto no qual acreditamos.

Enfim, nas eleições de 2022 não queremos mais chegar no segundo turno e escolher o menos pior.

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