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Por Coluna
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Transformers: O Último Cavaleiro

Quem gosta, gosta. Mas nem assim está livre da enxaqueca

Por Isabela Boscov Atualizado em 21 jul 2017, 17h21 - Publicado em 20 jul 2017, 17h24

Quando a Convenção de Genebra definiu as regras da guerra proibindo as armas químicas, o uso de força desproporcional e o ataque a populações civis, não se contava ainda com um fenômeno chamado Michael Bay. De forma que Transformers ficou de fora do acordo, e o cidadão indefeso pode sair de uma sessão do quinto filme da série com um caso sério de enxaqueca e enjoo de estômago. Não se trata de julgamento artístico; é efeito fisiológico mesmo de tanta coisa se mexendo na tela ao mesmo tempo num 3D de dar tontura, acompanhado de uma ofensiva sonora implacável. (Fato notável: O Último Cavaleiro é um dos raros filmes recentes rodados diretamente em 3D, e não convertidos de 2D para 3D.) Por algum motivo que é difícil explicar – mas que é real –, pode ser muito divertido ver carros, aviões etc. virando Autobots e Decepticons e partindo para a pancadaria, e quem vai ao cinema assistir a um Transformers quer isso, com muita ação e barulho. Desta vez, porém, o diretor Michael Bay pode ter exagerado na dose. À medida que se dissipa a influência de Steven Spielberg – que deu tanto charme ao primeiro Transformers, de 2007 –, mais estridentes e sobrecarregados ficam os filmes.

Transformers: O Último Cavaleiro
(Paramount/Divulgação)

Nada contra misturar Rei Arthur, o mago Merlin e os cavaleiros da Távola Redonda com os robôs colossais vindos do planeta Cybertron; se um Camaro pode virar um Autobot de 12 metros de altura, todas as fronteiras já foram ultrapassadas, e não há espanto em imaginar que Arthur venceu os saxões na Inglaterra do século 6 com a ajuda de um dragão-robô de três cabeças. Mas um pouquinho de roteiro bem que ajudaria a vender a ideia. Não fariam mal, também, alguma leveza e um humor um tantinho mais espirituoso para compensar tanto maquinário pesado. E seria um alívio se Mike Wahlberg, John Turturro, Isabela Moner e os outros atores falassem em vez de gritar; os robôs por acaso são surdos? (Anthony Hopkins usa um tom de voz normal, mas é o melhor que se pode dizer do desempenho dele como o guardião de uma ordem secreta. Hopkins hoje em dia faz o mínimo indispensável para recolher o cachê.) E, entrando na vaga que já foi de Megan Fox e de Rose Huntington-Whiteley, a inglesa Laura Haddock faz jus às antecessoras: é um estrondo de linda, mas canastra até andando para a frente.

Transformers: O Último Cavaleiro
(Paramount/Divulgação)

Tudo detalhe? Talvez. Mas esses foram os detalhes que fizeram a diferença no primeiro Transformers – no qual se achava uma joia como a cena em que Bumblebee tentava esconder todas as suas toneladas de lataria dos pais de Shia LaBeouf –, ou em partes pelo menos de A Era de Extinção, de 2014, que tirava tão bom partido dos dinobots. Em vez de estratégia, como nesses filmes, Michael Bay parte de novo para a força bruta em O Último Cavaleiro. Quem gosta, gosta. Mas nem assim está livre da enxaqueca e visão turva.


Trailer de Transformers: O Último Cavaleiro

TRANSFORMERS: O ÚLTIMO CAVALEIRO
(Transformers: The Last Knight)
Estados Unidos, 2017
Direção: Michael Bay
Com Mark Wahlberg, Anthony Hopkins, Laura Haddock, Isabela Moner, John Turturro, John Goodman, Josh Duhamel, Stanley Tucci, Liam Garrigan, Tony Hale, Santiago Cabrera, Mitch Pileggi, Ken Watanabe, Steve Buscemi, Omar Sy
Distribuição: Paramount

 

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