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Ofertas e ameaças de Dilma a Cunha mostram o desespero e a ‘ética’ do governo do PT

Petistas repetem o princípio da dupla moral, de Lenin, Freire e Marcuse

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h20 - Publicado em 13 out 2015, 09h46

Tuitei no domingo:

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Hoje, a Folha informou que, se as tentativas de acordo de última hora não vingarem, “o governo se preparará para o enfrentamento. Tentará carimbar no deputado a pecha de que age por vingança contra Dilma e irá liberar a base para trabalhar pela cassação do peemedebista”.

Pois é.

“Ministros defendem que Dilma adote o discurso de ‘nunca roubei’ e vá para cima do presidente da Câmara usando as acusações da Lava Jato para desqualificá-lo.”

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O eterno ministro da Censura, Ricardo Berzoini, deu o comando à tropa petista, segundo O Globo:

“Preparem-se para o combate”.

Um deputado do PT obedeceu prontamente:

“Vamos aguardar o que ele (Cunha) vai fazer. Qualquer movimento dele vai ter uma reação. Se ele aceitar (o impeachment), nós vamos para o combate”.

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Segundo a coluna Painel, da Folha, Dilma já estaria convencida a “partir para a guerra” contra Eduardo Cunha:

“Não há outra alternativa a não ser dizer, publicamente, que ‘quem tenta tirá-la do cargo é um político acusado de cometer atos ilícitos’ no esquema da Petrobras”.

A patetice só aumenta:

“Dilma escalou Miguel Rossetto (Previdência) para mobilizar os movimentos sociais” (CUT, UNE e demais mercenários a serviço do suposto partido), enquanto “José Eduardo Cardozo (Justiça) medirá o pulso do STF para avaliar se há apoio contra o impeachment”.

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Ou seja: Dilma, como este blog antecipou, mandou dizer a Cunha que dispõe de “cinco ministros do STF”, mas o fato é que o governo, como de costume, não tem garantia da promessa que fez.

“Já queimamos o cartucho do STF quando tentamos evitar o julgamento no TCU. E o STF nos derrotou”, disse um ministro ao jornal.

Mais:

A Folha apurou que o governo ofereceu também uma “trégua a Cunha no episódio das contas reveladas pelo governo da Suíça em seu nome”, incluindo o voto de 7 dos 21 deputados que integram o Conselho de Ética da Câmara e que, somados aos aliados do peemedebista, impediriam sua cassação.

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O princípio leninista da dupla moral foi repetido nas últimas décadas por intelectuais militantes como Paulo Freire (“devemos ser tolerantes, mas não com os nossos inimigos”) e Herbert Marcuse (“tolerância libertadora significa: toda tolerância para com a esquerda, nenhuma para com a direita”).

As ofertas de Dilma a Cunha, carregadas de ameaças em caso de recusa, mostram que a ética petista segue exatamente a de Lenin, Freire e Marcuse: só quem está ao lado do suposto partido tem salvo-conduto para fazer o que quiser.

Mesmo em situação de desespero, no entanto, Eduardo Cunha teria de ser muito ingênuo para confiar em qualquer promessa do governo que mais quebrou promessas na história democrática brasileira.

Se permitir a inclusão das pedaladas fiscais de 2015 no pedido de impeachment de Hélio Bicudo e Miguel Reale, o presidente da Câmara pode até ganhar algum tempo para decidir qual será sua posição.

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Mas Cunha não tem muito tempo – e o Brasil não aguenta mais esperar.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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