Mujica vai negar a denúncia contra Dilma também?
Dilma Rousseff é a conspiradora em chefe do Brasil. Ela se valeu de espiões cubanos para convencer José Mujica a expulsar o Paraguai do Mercosul, após o Congresso do país ter votado pelo impeachment de Fernando Lugo, aliado do PT. Em 2012, a petista convocou uma reunião secreta em Brasília com um emissário de Mujica, que não concordava […]
Dilma Rousseff é a conspiradora em chefe do Brasil.
Ela se valeu de espiões cubanos para convencer José Mujica a expulsar o Paraguai do Mercosul, após o Congresso do país ter votado pelo impeachment de Fernando Lugo, aliado do PT.
Em 2012, a petista convocou uma reunião secreta em Brasília com um emissário de Mujica, que não concordava com a punição. E mais: mandou um avião do governo buscá-lo em Montevidéu.
A revelação está na mesma obra que expôs a confissão de Lula ao ex-presidente uruguaio sobre o mensalão. A obra que o próprio Mujica autografou.
O trecho “estarrecedor” abaixo, reproduzido pelo site de VEJA foi publicado no semanário Búsqueda, do qual Andrés Danza, um dos autores, é diretor de redação.
Na prática, ele demonstra, pela enésima vez, o quão mentirosa é a alegação de Dilma de que não intervém na política de outros países.
Quando seus aliados cometem atrocidades, o PT evoca os princípios da autodeterminação dos povos e da não-intervenção, previstos no artigo 4° da Constituição Federal. Quando são derrubados legalmente, como em Honduras ou no Paraguai, o PT intervém descaradamente.
Dilma, em suma, rasga a Constituição quando lhe interessa.
Ela tem de ser investigada. Ela tem de ser punida.
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Quando Lugo foi destituído pelo Senado paraguaio e antes que se celebrasse a cúpula do Mercosul para resolver as sanções, uma das pessoas de maior confiança de Mujica recebeu uma chamada de Marco Aurelio García, mão direita de Dilma.
“Dilma quer transmitir uma mensagem muito importante para o presidente Mujica”, disse o funcionário brasileiro em uma mistura de português e espanhol.
Não tem problema, vamos estabelecer uma comunicação entre os dois presidentes”, foi a resposta do uruguaio.
“Não, não pode haver comunicação nem por telefone, nem por email. É pessoalmente”, argumentou o brasileiro.
Um encontro tão fugaz e repentino entre presidentes levantaria suspeitas, motivo pelo qual o governo brasileiro resolveu enviar um avião a Montevidéu para transportar o emissário de Mujica à residência de Dilma, em Brasília.
Assim foi feito, e quando uruguaio chegou, Dilma estava lhe esperando em seu escritório. A conversa formal sobre questões gerais durou apenas poucos minutos porque não havia muito tempo.
“Vamos ao que interessa”, interrompeu Dilma e o emissário tomou uma caderneta e começou a anotar o que a presidente brasileira informava. “Sem anotações”, disse ela e fez com que ele rasgasse o papel. “Esta reunião nunca existiu”.
Durante a conversa, Dilma mostrou a ele fotos, gravações e informes dos serviços de inteligência brasileiros, venezuelanos e cubanos, que registravam como foi gestado um “golpe de estado” contra Lugo por um grupo de “mafiosos” que, a partir da queda do presidente, assumiram o poder. “O Brasil necessita que o Paraguai fique de fora do Mercosul para, dessa forma, acelerar as eleições no país”, concluiu Dilma.
Na semana seguinte, no início de julho de 2012, todos os presidentes do Mercosul votavam, em uma cúpula na cidade argentina de Mendoza, a suspensão do Paraguai.
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Pronto: se Dilma negar a informação do livro dizendo a mesma frase que usou no encontro, a gente sabe que é dela mesmo.
“Esta reunião nunca existiu.”
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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