Estou aqui de boas, vendo o agora ex-presidente do PSB Roberto Amaral, lulista atuante no Foro de São Paulo, espernear aos quatro ventos por ter sido escorraçado do partido, que, antes de Marina, decidiu apoiar Aécio Neves (PSDB) contra Dilma Roussef (PT), assim como fez toda a família de Eduardo Campos. Na quinta-feira, ele vai se reunir com a presidente-candidata, no Palácio da Alvorada, para declarar seu apoio a ela, o que significa nada mais que 1 (hum) voto.
Amaral escreveu hoje na Folha: “Um partido socialista não pode desaparelhar o Estado para melhor favorecer o grande capital”. Essa frase, a psolista Luciana Genro deve ter até anotado.
É como se escorraçar os mamadores das tetas públicas não favorecesse a toda a população pagadora de impostos, mas só às “elites” que os socialistas da elite vermelha fingem desprezar.
O negócio deles, como fazem os petistas, é manter o Estado aparelhado para favorecer o capital do partido, não é mesmo? Estão aí o Mensalão e o Petrolão que não me deixam mentir.
O título do artigo de Amaral é: “O PSB renunciou ao seu futuro” (mesmo – imagine! – “podendo ousar em construir as bases do socialismo do século 21″, esta maravilha que levou a Venezuela ao caos). Se isto fosse verdade, e eu não sou tão otimista assim, seria ótimo.
O futuro socialista já trouxe roubalheiras e cadáveres demais ao passado recente da humanidade. Nada como os pessebistas focarem no presente, de preferência sem “esquerdizar” demais o eventual governo tucano.
Mas o choro é livre para Amaral. Com sorte, Dilma ainda lhe descola uma boquinha.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
Siga no Facebook e no Twitter. Curta e acompanhe também a nova Fan Page.