Fernando Henrique Cardoso qualificou de “oportunismo” a atitude do grupo de tucanos, prefeito Bruno Covas à frente, defensores da expulsão do deputado Aécio Neves. No PSDB paulista ninguém deu ouvidos ao ex-presidente. Movido por, digamos, senso de oportunidade, o partido deu mais atenção a pesquisas internas que registraram uma queda de 11 pontos porcentuais na rejeição do prefeito como candidato a voltar ao cargo em 2020, depois de Covas ter dado o ultimato na base do “ele ou eu” pela saída do mineiro enroscado na Lava Jato.
A interpretação é a de que a defesa da expulsão será um bom ativo eleitoral no ano que vem quando, além das questões da cidade, o PSDB pretende levar a bandeira de combate à corrupção para o palanque municipal. Os paulistas por ora ainda confiam que Aécio ouça os conselhos de que o ideal seria pedir uma licença a fim de dar uma serena nos ânimos que poderão ficar bastante acirrados se aquele que já mandou e desmandou no partido insistir em não aceitar que as rodas giraram e sua caravana passou.