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Podia ser pior

Dada a rejeição no pleito e o início desordenado, Bolsonaro até que não está mal na pesquisa

Por Dora Kramer 26 fev 2019, 16h46

Menos de 40% de aprovação para um governo que ainda não completou dois meses não é um bom patamar de largada se considerarmos o número em termos absolutos. Posto sob a lente da relatividade, no entanto, até que Jair Bolsonaro não está tão mal na primeira pesquisa de opinião (CNT/MDA) desde a posse.

Poderia ser bem pior. Aliás, tinha tudo para ser pior se considerado o índice de rejeição com que atravessou a campanha, a quantidade de “não votos” (abstenções, nulidades e escolhas pautadas apenas na rejeição ao PT) e principalmente a barafunda desses quase 60 dias iniciais envolvendo os filhos, interferência da família, declarações estapafúrdias de auxiliares e do próprio presidente, desempenho titubeante do governante, necessidade de afastamento para tratamento de saúde, demissão de ministro ainda sem explicação convincente, desarrumação completa no Congresso.

Não foram poucos os revezes, a maioria de produção caseira que pelo visto ainda tem longa trajetória a cumprir. Portanto, no cotejo com a realidade, Bolsonaro não poderia exigir muito mais que os 38,9% de aprovação ao governo e 57,5% de boa aceitação no campo pessoal. Ainda no campo da comparação, Luiz Inácio da Silva tinha 56% e Dilma Rousseff 49% em pesquisas realizadas com tempo semelhante de governo. Nenhum dos dois contava com rejeição igual à do atual presidente.

A pesquisa traz ainda duas notícias dignas de destaque, uma boa e a outra óbvia. A obviedade guarda relação com as atitudes dos filhos do presidente, os três detentores de mandatos eletivos, cada um criando uma confusão diferente. Pois como seria natural, 75% dos entrevistados (note-se, num universo em que 80% declararam ter votado em Bolsonaro) são contrários à interferência da prole. A conferir se o pai levará esse dado em conta para melhorar a percepção que a sociedade tem do chefe da nação.

Para concluir, a boa notícia: 43% dos pesquisados apoiam a reforma da Previdência. Um cenário favorável se comparado a governos anteriores que enfrentaram uma barreira de aceitação popular ao tema. Essa mudança, contudo, não pode ser atribuída a atos específicos do atual governo, mas a uma evolução natural do pensamento da espécie. No caso, a brasileira na cabeça da qual começa a cair a ficha de que ou se faz a reforma ou entramos todos por um interminável e lamacento cano.

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