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Por Laryssa Borges
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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Tudo vem da China

“Aceito tomar a vacina de Oxford, mas não a vacina chinesa”, me diz um familiar no almoço de Ano Novo.

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jan 2021, 10h05 - Publicado em 3 jan 2021, 10h03

3 de janeiro, 9h21: O que faz as pessoas espalharem temer o uso de vacinas chinesas durante a pandemia de Covid-19? Nas reuniões de fim de ano com familiares, a chegada dos imunizantes ao Brasil foram assunto obrigatório, mas a resistência em aceitar receber o antígeno se ele tiver sido desenvolvido na China permanece. “Aceito tomar a vacina de Oxford, mas não a vacina chinesa”, me diz um familiar no almoço de Ano Novo. Meu estômago embrulha.

Como voluntária de um estudo clínico em busca de um imunizante contra a doença que já matou mais de 1,8 milhão de pessoas em todo o mundo, sinto-me impotente diante do negacionismo e da força de movimentos criminosos anti-vacina. Mas voltemos aos chineses. A CoronaVac será desenvolvida no Brasil pelo Instituto Butantan, e a Sinopharm, o mais novo antígeno da China, já é ministrada nos Emirados Árabes durante esta pandemia e tem taxa de eficiência de 79%, segundo o fabricante, e agora teve aprovação para uso emergencial no Egito.

E a vacina de Oxford? Também tem insumos chineses. A fábrica da AstraZeneca, por exemplo, recentemente visitada pela Anvisa para atestar qualidade na linha de produção, fica na China. Mais especificamente, no distrito de Wuhan, o primeiro epicentro da pandemia do novo coronavírus, e um grande pólo industrial no país.

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Para tentar agilizar a vacinação de brasileiros, a Anvisa anunciou ontem que aprovou um pedido de importação excepcional de dois milhões de doses da vacina de Oxford, enquanto a Fiocruz desenvolve as 100 milhões de doses previstas no acordo com a farmacêutica AstraZeneca. Só para que fique registrado: o insumo farmacêutico ativo, conhecido como IFA, que será usado para produzir a vacina de Oxford no Brasil, também vem da China.

Parem de espalhar teorias conspiratórias. Tudo vem da China.

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