Rodrigo Pacheco pode ainda não ter voto, mas já escolheu o adversário
Em encontro do PSD, presidente do Senado fez discurso contra radicalismos e repleto de alfinetadas em Bolsonaro
Alçado oficialmente à condição de pré-candidato à Presidência, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ainda custa para demonstrar potencial de voto. Mas o presidente do Senado recém-filiado ao PSD já deixou claro quem escolheu como seu principal adversário: o presidente Jair Bolsonaro. Mesmo que seu novo partido tenha tido seu espaço na base do governo, Pacheco usou o Encontro Nacional do PSD, realizado nesta quarta-feira, como palco para criticar o presidente.
As alfinetadas passaram muito longe do tom de bate-boca. Vieram de maneira objetiva em alguns momentos, velada em outros. Mas sempre associadas à tese de que é preciso deixar radicalismos de lado para buscar soluções para as crises que atingem o País. O presidenciável queixou-se de ataques às instituições e de tentativas de promover um retrocesso na democracia. E, exaltando sua origem mineira, criticou quem pensa que fazer política é sinônimo de “vestir uma camisa do Brasil” para bater no Supremo Tribunal Federal (STF).
<span;>O presidente do Senado deixou claro que vai buscar o caminho do meio na eleição presidencial. A dúvida é se o tom moderado, diante da polarização que ganhou a política nacional, vai ser suficiente para lhe dar estatura na disputa pelo Palácio do Planalto.