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Por André Sollitto e Ricardo Amorim
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Médicos usam cannabis para tratar distúrbios psicológicos na pandemia

Pesquisa com profissionais brasileiros revela que aumentaram as prescrições para casos de ansiedade, stress e depressão durante o isolamento social

Por Ricardo Amorim Atualizado em 30 jul 2020, 18h51 - Publicado em 26 jun 2020, 15h29

O isolamento social imposto pela necessidade de reduzir a disseminação do novo coronavírus está afetando a saúde mental das pessoas. Além da mudança brusca nas rotinas, as incertezas com relação ao futuro, o medo da doença e o confinamento forçado contribuíram para o aumento de casos de depressão, ansiedade e stress, segundo estudos e evidências clínicas. Trabalho coordenado pelo psicólogo Alberto Filgueiras, da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), apontou que os casos de distúrbios psicológicos podem ter dobrado nas primeiras semanas da quarentena. Para entender como esse quadro impactou os consultórios de médicos prescritores de cannabis medicinal, a Hempmeds Brasil consultou profissionais de todo o país e descobriu que essas queixas, de fato, aumentaram. Mais importante que isso, no entanto, foi a revelação de que muitos pacientes estão recebendo indicação do canabidiol (CBD) para tratar os sintomas.

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Ainda que não tenham alcançado representatividade estatística, os números obtidos pela empresa indicam uma tendência. Do total de participantes que responderam voluntariamente ao questionário, 35,5% dos profissionais informaram ter atendido entre 6 e 10 pacientes descrevendo sintomas de ansiedade, depressão ou pânico em decorrência do isolamento social, seguidos por 29% que relataram atendimento a até 5 pacientes no período. “É interessante notar ainda que uma parcela de médicos participantes, aproximadamente 13%, chegou a atender de 11 a 15 indivíduos; 6,5% atenderam nas faixas de 16 a 20 e de 21 a 25 pacientes e, por fim, 9,7% chegaram a ser procurados por mais que 31 pacientes com queixas relacionadas à saúde mental”, afirmou a biomédica Adriana Grosso, especialista da Hempmeds responsável pela pesquisa. Com relação à prescrição de medicamentos à base de cannabis, a maior parte dos respondentes (87,1%) receitaram para até 5 pacientes, enquanto 12,9% chegaram a prescrever para um intervalo maior, entre 6 e 10 pacientes, segundo a empresa.

Para Grosso, os dados, apesar de limitados, indicam um caminho interessante para a evolução da medicina canabinoide. Majoritariamente prescritos para condições como epilepsias graves e transtornos do espectro autista, os canabinoides vêm avançando no tratamento de outras moléstias e têm colecionado resultados promissores para aliviar distúrbios psicológicos e psiquiátricos. “A informação é nossa primeira aliada. É preciso que as pesquisas científicas e as evidências clínicas cheguem a cada vez mais médicos para que outros pacientes possam se beneficiar das terapias com cannabis. A literatura médica já registra o potencial da planta para essas condições e esse estudo é mais um indicador a apontar nessa direção”, conclui.

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