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Por Leandro Narloch
Uma visão politicamente incorreta da história, ciência e economia
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Porto de Mariel: gol de Cingapura, não do Brasil

Por Leandro Narloch
Atualizado em 31 jul 2020, 02h26 - Publicado em 18 dez 2014, 08h30

Dilma disse ontem que a reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos mostra a importância do Porto de Mariel “para toda a região e para o Brasil”; logo depois brotaram análises afirmando que o financiamento das obras do porto pelo BNDES “foi um golaço do Brasil”.

Que golaço é esse?

O Brasil não será dono do porto de Mariel. Só emprestou mais de 1 bilhão de reais, a fundo perdido e contrato secreto, para a Odebrecht ampliar e modernizar o porto, que pertencerá ao governo cubano.

A situação do governo brasileiro não se altera se o porto ficar às moscas ou se tornar um movimentado centro de cargas. Na melhor das hipóteses, passamos de uma possibilidade ruim (risco do governo cubano dar um calote) para uma situação ok (o empréstimo é pago em dia).

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Argumentam que a bolada que emprestamos a Cuba foi uma estratégia para entrar na ilha antes da abertura econômica. Ora, o Brasil já era um parceiro econômico relevante para Cuba muito antes do projeto de Mariel. E aproximações entre países não precisam custar tanto – geralmente envolvem apenas missões comerciais, diplomacia e estratégia das empresas privadas interessadas em entrar no mercado.

Mais que o Brasil, quem deve se dar bem com a excelente notícia da reaproximação é Cingapura. A empresa escolhida pelo proprietário (o governo cubano) para administrar o porto é a PSA International, uma das maiores companhias do pequeno Tigre Asiático. A PSA entrou na jogada sem Cingapura precisar emprestar bilhões a Cuba.

Dá pra entender que, diante de tantas notícias ruins envolvendo o PT, apoiadores se entusiasmem com qualquer possível acerto do governo. Mas é bom tomar cuidado para não dar bola fora.

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