Tarso Genro lança a candidatura com uma aula magna de verdade que parece mentira
Inconformado com a derrota sofrida na disputa do título de março, conquistado pelo companheiro e rival Aloizio Mercadante, Tarso Genro resolveu voltar à luta já neste mês com um discurso radical. Pela primeira vez desde a criação do troféu, os redatores desta seção não precisaram recorrer a confidências e revelações de assessores imaginários. Tarso resolveu […]
Inconformado com a derrota sofrida na disputa do título de março, conquistado pelo companheiro e rival Aloizio Mercadante, Tarso Genro resolveu voltar à luta já neste mês com um discurso radical. Pela primeira vez desde a criação do troféu, os redatores desta seção não precisaram recorrer a confidências e revelações de assessores imaginários. Tarso resolveu o problema com uma aula magna que, embora pareça coisa de ficção, aconteceu na vida real.
Nesta quarta-feira, Tarso apareceu na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para falar sobre a “Universidade e o futuro da República”. Confiram os melhores-piores momentos, extraídos de uma reportagem do portal Terra:
“Por exemplo, as pessoas terem tolerância com a cannabis sativa é diferente do que com a heroína. A maconha há especialistas que dizem que faz menos mal do que cigarro. Dizem. Eu nunca vi uma pessoa matar por ter fumado um cigarro de maconha”, detalhou Tarso Genro, depois de uma pergunta genérica sobre entorpecentes. O governador havia começado a resposta avaliando que a legalização não ajudava a combater “um quadro de transformação da droga em dinheiro, dinheiro em droga, droga em poder, poder em política e assim por diante”.
Animado com os aplausos dos possíveis eleitores do HSV que estavam na plateia, Tarso Genro resolveu relembrar o passado:
“Não tenho nenhum preconceito. Na minha época, a gente não fumava maconha, não era porque não tivesse vontade, era porque as condições que a gente vivia e trabalhava na clandestinidade (era a época anterior ao golpe militar e, depois, a da ditadura) não era preciso adicionar mais nenhuma questão de insegurança. Dizem que é muito saboroso”.
No grand finale, depois de citar Karl Marx, Immanuel Kant e Martin Heidegger, Tarso Genro começou a chorar ao lembrar de Nelson Mandela. Soluçando, explicou-se: “Desculpem, sempre que eu falo no Mandela, faço fiasco”.
O governador deixou perplexos assessores e espectadores, mas protagonizou uma das mais espetaculares largadas da história do HSV. Está provado que o troféu não é para amadores, leitores-eleitores! Quem será o vencedor? Ou vencedora? Que vença o pior!