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A Justiça se rendeu ao atrevimento do bandido apaixonado e sua mulher-noiva

A Justiça de Goiás homenageou Carlos Augusto Ramos Araújo, o Carlinhos Cachoeira, com duas capitulações em menos de um mês. A primeira consumou-se no momento em que o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima rendeu-se às sucessivas ameaças de morte e se afastou do caso. Moreira Lima entrou na alça de mira de Cachoeira por […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 08h16 - Publicado em 27 jul 2012, 20h17

A Justiça de Goiás homenageou Carlos Augusto Ramos Araújo, o Carlinhos Cachoeira, com duas capitulações em menos de um mês. A primeira consumou-se no momento em que o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima rendeu-se às sucessivas ameaças de morte e se afastou do caso. Moreira Lima entrou na alça de mira de Cachoeira por ter autorizado a Polícia Federal a gravar telefonemas do chefão e, depois, determinado a prisão do bando.

A segunda capitulação foi formalizada nesta quarta-feira, já no começo da audiência em Goiânia, quando o prisioneiro afrontou impunemente o juiz Alderico Rocha Santos. “É uma pergunta difícil”, debochou Cachoeira quando o magistrado indagou se é casado. E aproveitou a deixa para uma troca de frases melosas com sua mulher Andressa Mendonça, presente ao tribunal e à disposição dos fotógrafos.

“Eu te amo”, ele disse. “Também te amo!”, ela exclamou. Ela a pediu em casamento. Ela aceitou. Ele prometeu cumprir a promessa assim que recuperar a liberdade. “Achei gostoso”, derreteu-se a mulher que, já casada, virou noiva. O que houve na audiência não tem parentesco com histórias de amor. O que se ouviu foi um hino ao cinismo, composto por um meliante que faz em Goiás o que quer e desdenha ostensivamente dos três Poderes.

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Faz sentido. Quem preenche cargos importantes na administração estadual e fecha negócios suspeitíssimos com o governador não pode ter respeito pelo Executivo. Quem compra deputados e senadores só pode desprezar o Legislativo. Quem intimida, desafia, desmoraliza ou aluga juízes e desembargadores não pode temer o Judiciário.

Como registra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o juiz Rocha Santos deveria ter interrompido Cachoeira na primeira vírgula da resposta atrevida, enquadrado o delinquente por desacato à autoridade e determinado à escolta policial que o devolvesse à cela onde está hospedado. Por não ter feito o que devia, o magistrado liberou o bandido apaixonado para o espetáculo da cafajestagem que desferiu outro tapa na cara do Brasil decente.

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