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Fome e clima: como adaptar os sistemas alimentares?

Transformação da agricultura pode ter papel central no combate às mudanças do clima

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 nov 2022, 14h45

Nesta quarta-feira, 16, em Sharm el-Sheikh, no Egito, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fez seu primeiro discurso internacional após vencer a eleição na COP27, a conferência do clima da ONU. Em sua fala, Lula propôs uma “Aliança Mundial pela Segurança Alimentar, pelo fim da fome e pela redução das desigualdades, com total responsabilidade climática”. 

No mês de novembro, a população mundial atingiu a marca de 8 bilhões de pessoas. Até 2050, serão quase 10 bilhões de habitantes no planeta. Para produzir alimentos de uma forma que atenda as demandas da população do futuro e que seja sustentável, os sistemas alimentares terão que se adaptar às condições impostas pelas mudanças climáticas.

Durante a COP27, a FAO, a agência da ONU para a Agricultura e Alimentação, lançou a Iniciativa de Alimentação e Agricultura para a Transformação Sustentável (FAST, na sigla em inglês).

Desenvolvida em parceria com a presidência egípcia, a iniciativa surge enquanto “o risco de fome e desnutrição entre os grupos mais vulneráveis está piorando e os sistemas agroalimentares do mundo são cada vez mais impactados pela variabilidade climática e eventos climáticos extremos”.

Pequenos produtores rurais de países em desenvolvimento produzem um terço dos alimentos do mundo, mas recebem apenas 1,7% do financiamento climático.

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De acordo com a embaixadora da Boa Vontade do Fundo Internacional das Nações Unidas para o Desenvolvimento Agrícola, Sabrina Dhowre Elba, “precisamos ajudar as populações rurais a aumentar sua resiliência a eventos climáticos extremos e a se adaptar a um clima em mudança. Se não, vamos apenas de uma crise para outra. Agricultores de pequena escala trabalham duro para cultivar alimentos para nós em condições difíceis”.

Ao mesmo tempo, a agricultura e a produção de alimentos respondem por um terço das emissões globais de efeito estufa. Na COP27, representantes da FAO defenderam que não é mais possível manter o sistema atual: produzir alimentos, degradar o solo, diminuir a biodiversidade e afetar o meio ambiente.

Com os incentivos corretos, a agricultura será uma parte essencial da solução para combater a crise climática ao sequestrar carbono e promover adaptação e resiliência. Sistemas de agricultura de precisão, uso de energias renováveis e valorizar o conhecimento de povos e comunidades tradicionais são algumas das ferramentas para transformar o setor.

Segundo a diretora-regional do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Dina Saleh, falhar em ajudar as populações rurais a se adaptarem pode ter consequências perigosas, levando a mais pobreza, migrações e conflitos. “A escolha é entre adaptar ou morrer de fome”, afirmou.

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