A empresa americana de transporte individual urbano Uber informou nesta terça-feira que tem 500.000 usuários cadastrados no Brasil. O anúncio foi feito na véspera da segunda votação na Câmara de Vereadores de São Paulo que pode restringir a operação de serviços como os oferecidos pela companhia. O Uber iniciou operações no Brasil em maio do ano passado e atualmente oferece serviços nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. A empresa não divulgou dados detalhados sobre os usuários em cada cidade ou número médio de corridas dos motoristas cadastrados no serviço por mês.
Cade não vê motivo econômico para proibir Uber
A Uber vem sendo alvo de protestos de taxistas e autoridades públicas do Brasil e pelo mundo, conforme a empresa avaliada em 50 bilhões de dólares se expande para além dos Estados Unidos. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff afirmou que os serviços da Uber precisam de regulamentação e que contribuem para o desemprego. Mas o órgão de defesa da concorrência Cade publicou estudo concluindo que não há elementos econômicos que justifiquem a proibição de novos prestadores de serviços de transporte individual de passageiros no Brasil.
Dilma diz que Uber contribui para o desemprego
Nesta terça, o Uber confirmou a mudança de seu escritório no Rio de Janeiro por medo que seus funcionários sofram algum tipo de violência. Um projeto de lei que proíbe o aplicativo foi aprovado pela Câmara dos Vereadores da cidade e agora aguarda análise do prefeito Eduardo Paes – a prefeitura do Rio não informou quando essa análise será concluída.
Em São Paulo, a Câmara aprovou em julho, em primeira votação, o Projeto de Lei 349/14, que proíbe o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para o transporte remunerado de pessoas. O projeto foi aprovado na ocasião por 48 votos favoráveis e um contra. A segunda votação está prevista para ocorrer na quarta-feira. A prefeitura de São Paulo informou que não comentará o assunto antes de o projeto ser enviado para sanção, caso seja aprovado na segunda votação.
(Com Reuters)