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Perdeu o controle remoto? Outra razão para usar um aplicativo

Por The New York Times
1 nov 2010, 10h47

O controle remoto, perdido tantas vezes debaixo das almofadas do sofá, em breve poderá ficar para a história. “Já vai tarde”, diz Chris Lavoie, um produtor de rádio de Los Angeles. Aproveitando-se dos avanços dos smartphones, Lavoie usa um aplicativo do seu iPhone para controlar sua Apple TV em busca de coisas para assistir.

O telefone não é a solução perfeita, no entanto. Sua tendência para entrar no modo “descanso” pode ser irritante, disse Lavoie, porque são necessárias várias etapas para reativá-lo antes que possa usar, por exemplo, o botão de pausa. Para as funções básicas, ele ainda usa o controle remoto tradicional.

O hábito de assistir TV está mudando à medida que conteúdos de internet e conteúdo sob demanda – vídeos do YouTube, filmes na Web, sites de compras e fotos do Facebook – fluem diretamente para as telas grandes. Navegar por tudo isso exige mais atenção do espectador, incluindo uma boa quantidade de digitação, que os controles remotos atuais não possuem.

“Todo mundo percebe que o controle remoto é um dinossauro da indústria de eletrônicos de consumo”, disse David Mercer, analista de TV da Strategy Analytics, uma empresa de pesquisa e consultoria. “As empresas de cabo e os fabricantes de TV estão começando a perceber que têm de se afastar do tradicional controle remoto básico.”

Embalar muitos recursos em um controle remoto pode torná-lo caro e fisicamente grandalhão. O controle remoto da Sony para sua nova TV com recursos do Google – um dispositivo largo, com mais de 75 botões que requer o uso das duas mãos -se parece mais com o controle de um aeromodelo.

Na indústria de tecnologia, alguns acreditam que a menor alternativa seria a de simplesmente substituir o controle remoto por aplicativos de smarphones, como o utilizado por Lavoie. Se você criar um aplicativo especializado para smartphone para controlar a TV ou o set-top box, poderá usar a tela touch-screen com botões virtuais para qualquer configuração que você goste.

Há tentativas bem sucedidas de uso de smartphones como controles remotos. A Sonos, que faz aparelhos de som conectados à internet, oferece uma aplicação gratuita para iPhone que replica todas as funcionalidade de seu próprio controle remoto touch-screen que custa 349 dólares. Mais da metade dos clientes da Sonos usam o aplicativo, que se conecta ao aparelho de som por meio de uma rede Wi-Fi.

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Vários fabricantes de televisores, como a Mitsubishi e a Samsung, estão seguindo o exemplo com controles remotos em aparelhos e aplicativos para Apple e Google TV. (O telefone-controle remoto tem uma vantagem adicional: se você perdê-lo na sala, sempre pode telefonar para seu número e fazê-lo tocar.)

Tudo isso pode parecer um espetáculo à parte, mas o humilde controle remoto é parte importante da tecnologia da televisão. Quando foi desenvolvido na década de 1950, os fabricantes viram o controle remoto – o “Lazy Bones”, o primeiro modelo, era ligado a uma TV Zenith por um longo cabo – como uma forma de ajustar o volume da TV.

Mas logo ficou claro que a verdadeira vocação do controle remoto era permitir aos espectadores trocar de canal rapidamente. A troca de canais simplesmente não funcionava se o espectador tivesse que continuar se levantando do sofá.

Gigantes da tecnologia como a Apple e o Google, junto com uma leva de empresas iniciantes do Vale do Silício, têm uma visão do futuro que faria o ato de surfar pelos canais parecer esquisita. Em breve, acreditam, os espectadores vão poder escolher entre vastos conteúdos de vídeo, sem distinção entre transmissões tradicionais de TV e conteúdos gerados na internet.

O número de domicílios com televisores conectados à internet deve chegar a 43 milhões até 2015 nos Estados Unidos, contra 2 milhões no início desse ano, de acordo com a Forrester Research, uma empresa de pesquisa de tecnologia.

“A natureza de como os usuários acessam conteúdo vai evoluir, e está começando a evoluir”, disse John Burke, vice-presidente para banda larga da Motorola, que produz set-top box para provedores de cabo. “Controles remotos que dão ao usuário mais capacidade de interação serão fundamentais.”

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Algumas empresas não compraram a ideia de smartphones com controles remotos no futuro. Estão vendendo uma variedade de controles remotos com teclado completo, tela sensível ao toque e sensores de movimento. Em novembro, a Microsoft planeja lançar o Kinect, um console de jogos que também permitirá aos usuários mover as mãos e usar a voz para ver filmes, esportes e conteúdos de vídeo transmitidos através do Xbox, sem controle remoto.

As TVs top de linha da Samsung podem ser controladas por um dispositivo touch-screen que permite ao usuário abri um teclado virtual para digitar ou navegar pelos menus. Também podem exibir o mesmo vídeo que está sendo mostrado na TV, para que o espectador não perca nada enquanto vai à cozinha para fazer um lanche.

A Samsung diz que vê os aplicativos para smartphones como complementos desse dispositivo. A empresa fabrica sua própria linha de telefones sob a marca Galaxy. A Mitsubishi, no entanto, vê os aplicativos como uma forma de substituir seu próprio hardware. A companhia abandonou os planos para um controle remoto touch-screen este ano porque descobriu que o dispositivo adicionaria várias centenas de dólares ao preço do televisor.

No lugar disso, a empresa está desenvolvendo um software para smartphones e tablets. “Se as pessoas usam um iPad, a experiência será melhor. Nós nunca poderíamos recriar isso”, disse Frank DeMartin, vice-presidente de marketing da Mitsubishi.

Usar um telefone como controle remoto não é para qualquer um. Quando Chris Igoby, de Washington, comprou seu primeiro celular Android,, em outubro, logo encontrou um aplicativo que controlava a televisão. Mas o fator novidade se esgotou rapidamente. Mais do que tudo, ele percebeu que a ferramenta sugava sua bateria. “Ele trabalha perfeitamente”, disse ele sobre o aplicativo. “Mas não entendo porque alguém iria querer usar seu telefone como controle remoto.”

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