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“O Brasil é o mercado mais importante da Nintendo na América Latina”

Bill Van Zyll, gerente sênior da companhia japonesa, fala sobre a estratégia para o Brasil, o sucesso do filme do Mario e o lançamento de Pikmin 4

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 jul 2023, 16h00

Em 2020, a Nintendo voltou a operar no Brasil, após cinco anos de ausência. Em 2015, havia decidido abandonar a operação local por conta da carga tributária. Os fãs brasileiros ficaram perdidos. Era preciso importar o Switch, novo console lançado em 2017, e não havia pós-venda nacional. Agora, a situação é diferente. Jogos e consoles são encontrados com facilidade e preços competitivos, e há uma oferta crescente de games em versões físicas. Alguns, poucos, com legendas em português.

Agora, a meta da empresa é expandir a atuação, oferecendo mais conteúdo regionalizado. Após o lançamento de The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, uma das grandes novidades do ano, e outros títulos, como Kirby Return to Dreamland, o foco agora é a chegada de Pikmin 4, programada para o dia 21 de julho. O título “cult” da empresa japonesa chega com a ambição de entrar de vez para o panteão das franquias originais.

Em passagem pelo Brasil para participar do BIG Festival, Bill Van Zyll, diretor sênior e gerente geral para a América Latina da Nintendo, conversou com VEJA sobre os próximos planos.

Qual é a importância do mercado brasileiro para a Nintendo?
É um mercado muito estratégico para nós. É maior da América Latina, à frente do México, inclusive. É um país com 210 milhões de pessoas, e o objetivo da Nintendo é colocar sorrisos nos rostos das pessoas. São 210 milhões de possibilidades. É um mercado importante nessa perspectiva. Mas há uma longa história de nossa presença no país, temos um grupo forte de fãs, os nintendistas, e voltamos ao Brasil com uma decisão estratégica de dar um passo de cada vez pensando em estabelecer uma relação de longo prazo.

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Como foi esse processo de retorno ao país, com uma operação local?
Em 2020, começamos introduzindo nosso console principal, o Nintendo Switch. No ano seguinte, introduzimos a versão Lite, portátil, e em 2022 apresentamos a versão com tela OLED. Dessa forma, somos capazes de entregar o que prometemos, construindo a operação tijolo por tijolo. Tentamos ouvir os pedidos dos consumidores. Oferecemos formas de pagamento locais, como PIX, na loja online. É apenas um exemplo.

E em relação ao conteúdo local, com legendas ou dublagem em português?
Essa é uma das principais demandas. Já temos alguns jogos disponíveis com legendas em português, e nossa meta é continuar expandindo a oferta. O novo Pikmin 4, que será lançado no final de julho, é um deles. E mais para frente, em outubro, Super Mario Bros. Wonder também terá legendas em português. É um trabalho grande, porque não apenas traduzimos, mas tornamos o conteúdo regional, adaptando expressões e termos. E também queremos trazer alguns títulos selecionados em versões físicas para os colecionadores.

A Nintendo tem uma conexão grande com fãs e marcas muito fortes, como Mario e Zelda. Como conquistar novos jogadores aproveitando esse potencial?
Ter o console sempre disponível é uma das estratégias. Mas também buscamos explorar outros conteúdos. Como o filme do Mario, por exemplo. Foi um sucesso absoluto, e entre todos os mercados, o Brasil foi o oitavo país que mais viu o filme. É surpreendente, e a nossa matriz, no Japão, ficou bastante impressionada com isso. E os próprios jogos são outra frente. Aos poucos, novas pessoas passam a conhecer essas franquias. E com isso, podemos andar na rua e ver pessoas usando camisetas ou chinelos com os personagens da Nintendo. É muito gratificante.

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O filme do Mario realmente foi um sucesso. Podemos esperar outras adaptações semelhantes? Séries, talvez?
Não temos nada para anunciar imediatamente. Mario ainda está nos cinemas em alguns mercados, e em outros está fazendo a transição para DVD ou para serviços de streaming. Então ainda estamos focados nele. Mas com certeza ficamos muito agradecidos pelo carinho recebido. E isso é pura especulação, mas tenho certeza que alguém está olhando para isso no momento. Esperamos ter algo para anunciar no futuro.

Após The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, o próximo grande lançamento programado é Pikmin 4. Qual é a estratégia para transformar a série em uma das grandes franquias da Nintendo?
O primeiro Pikmin foi lançado em 2001, então a franquia já está no mercado há mais de 20 anos. Então não é exatamente uma novidade, mas queremos que mais pessoas joguem. Porque é um universo encantador. Pikmin 4 será maior, com mais funcionalidades, mais acessível para uma nova geração de jogadores. Até agora, as primeiras impressões da versão demo têm sido positivas. Acreditamos muito no potencial da franquia. E lançamos os dois primeiros títulos para o Switch. Agora a coleção completa está disponível para os fãs.

A Nintendo é conhecida pelo cuidado com que trata suas franquias principais. Qual é o processo por trás da produção e do desenvolvimento de games como The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom?
Temos muito orgulho do quão consistentes são nossos lançamentos originais. E posso dizer que nunca lançamos um jogo até que ele esteja absolutamente pronto. Ouvimos os desenvolvedores e se eles dizem que o jogo ainda não está pronto, nós esperamos.

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O BIG é um festival focado em games independentes. Como a Nintendo olha para esse mercado?
Temos que garantir que a experiência com um jogo indie seja tão boa quanto com um de nossos lançamentos originais. Temos um programa voltado para desenvolvedores, bastante rígido, que garante a qualidade. E com isso temos uma oferta enorme de títulos disponíveis em nossa loja. Quem se interessar pode visitar Indie World e conhecer alguns dos games mais empolgantes que temos.

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