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Novo mapeamento, com radares, desvenda detalhes do ecossistema

Por Da Redação
7 mar 2010, 10h44

Apesar de todos os superlativos que a Amazônia envolve, em termos de extensão, riquezas naturais e importância para o clima do planeta, há vastas áreas da região que ainda não foram devidamente mapeadas. Numa área de 1,8 milhão de quilômetros quadrados, equivalente a três Franças, não se conhecem ao certo o relevo do terreno e o percurso dos rios. Ignoram-se o potencial mineral do subsolo e detalhes do ecossistema. Esse desconhecimento geográfico de um pedaço tão grande do Brasil decorre do fato de que o último levantamento cartográfico da Amazônia foi feito em 1980, utilizando-se técnicas hoje obsoletas. Os mapas atualmente disponíveis, elaborados por meio de fotografias aéreas, trazem poucos detalhes e muitas imprecisões. Num período de trinta anos, o curso dos rios de porte médio e pequeno, por exemplo, sofre alterações significativas. Agora, por iniciativa do Exército brasileiro, está em andamento um novo levantamento cartográfico da Amazônia, que vai revelar os detalhes de seus trechos quase desconhecidos. Os novos mapas terão papel essencial no planejamento estratégico da região, tanto na preservação da floresta quanto na exploração das riquezas naturais e nos investimentos em obras de infraestrutura como estradas e gasodutos.

O novo mapeamento da Amazônia, que custará 80 milhões de reais, usa radares transportados por aviões. Ao contrário do que ocorre com as câmeras fotográficas, mesmo aquelas instaladas em satélites, os radares conseguem enxergar além das nuvens e das árvores. Os aparelhos funcionam em duas frequências de ondas eletromagnéticas. A primeira, chamada de banda X, reflete-se na copa das árvores. A segunda, a banda P, atravessa a vegetação e chega ao solo. O cruzamento das informações colhidas pelas duas bandas fornece as curvas de nível do solo, o tamanho das árvores e outros dados necessários para elaborar um mapa preciso.

Essa tecnologia foi desenvolvida por uma empresa privada brasileira, a OrbiSat, usando como base equipamentos militares americanos. Os pilotos utilizam um GPS para percorrer linhas retas de 180 quilômetros, captando as ondas dos radares. Soldados do Exército complementam o trabalho em terra, instalando refletores no meio da floresta. Esses refletores garantem a precisão da localização geográfica do trecho do mapeamento. Depois de processadas em computadores, as informações produzem imagens com resolução de 1 para 50 000 – contra uma resolução de 1 para 100 000 dos mapas feitos com fotografias. “Ao olhar a Amazônia do alto, a impressão que se tem é a de um grande tapete verde, mas as alterações topográficas são enormes e só agora serão dimensionadas”, diz o general Pedro Ronalt, responsável pelo projeto de mapeamento.

Leia a reportagem completa na edição de VEJA desta semana (disponível apenas para assinantes).

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