Os macacos cotton-top tamarins são capazes de reconhecer erros de gramática, segundo uma pesquisa publicada no jornal Biology Letters. O estudo foi útil para ajudar os cientistas a entenderem a evolução da linguagem.
Eles familiarizaram os macacos com dois padrões silábicos e notaram a reação dos animais quando as palavras eram pronunciadas correta ou erroneamente.
A ideia era investigar a origem dos prefixos e sufixos usados em algumas línguas para indicar o tempo verbal. Sendo assim, uma parte dos macacos foi familiarizado com os prefixos � os pesquisadores passaram cerca de meia hora repetindo palavras como �shoy-bi� e �shoy-la�.
O mesmo foi feito com o grupo dos sufixos, mas com este, os cientista pronunciavam sons como �bi-shoy� e �la-shoy�. Os animais foram testados no dia seguinte.
Os pesquisadores falavam as palavras de acordo ou não com os padrões ensinados para os animais e observavam as diversas reações.
�Quando eles usam o som ou parecem entediados com a repetição, significa que eles estariam mais interessados pelas palavras erradas, pois elas são novas, algo fora dos padrões conhecidos�, disse o pesquisador que liderou o estudo, Ansgar Endress
Marc Hauser, que também estava envolvido na pesquisa, explicou que esse resultado mostrou como a linguagem humana se incorporou ao processo de memória, mesmo sem ser uma linguagem específica.
A ordem em que as palavras são pronunciadas foram fundamentais para o aprendizado dos primatas. O mesmo acontece com as crianças que estão aprendendo a falar � elas pronunciam usam os sufixos errados, mas sempre os pronunciam na ordem correta.