iPhone mais barato deve intensificar guerra com Android
Se lançar smartphone mais barato, Apple deve se aventurar em novos segmentos do mercado, dominados por aparelhos com sistema do Google
Por James Della Valle
10 jan 2013, 09h45
A imprensa americana vem noticiando que a Apple estaria desenvolvendo uma versão mais barata de seu smartphone, o iPhone. Os novos modelos teriam como alvo principal os mercados emergentes, como o chinês. De acordo com o jornal americano Wall Street Journal, o lançamento do novo produto deve acontecer no segundo semestre deste ano. Caso se concretize, a estratégia deve auxiliar a Apple a disputar novos segmentos no mercado de smartphones, hoje dominado por aparelhos mais baratos que, em maioria, rodam com o sistema operacional Android, do Google. Essa é a avaliação de Fernando Belfort, analista líder de TI para a América Latina da consultoria Frost & Sullivan. Confira a seguir a entrevista com Belfort.
O que a Apple ganharia ao lançar um iPhone mais barato? Com um smartphone com preço mais competitivo, a empresa poderia disputar novas fatias de mercado. Trata-se do público que, em geral, não está disposto a investir muito em um smartphone ou não tem subsídio de sua operadora. Para empresas de capital aberto, é vital apresentar novas formas de monetizar as oportunidades emergentes. A Apple já tem lucros bilionários, mas seus acionistas estão sempre ansiosos por novas oportunidades de crescimento. Essa oportunidade se apresenta em países emergentes, principalmente na China. A sul-coreana Samsung tem uma estratégia para o segmento “premium” com seu Galaxy S, mas também disputas faixas inferiores com aparelhos com preços extremamente competitivos.
Essa estratégia poderia retirar dos aparelhos da Apple o status de “objeto de desejo” do consumidor? A empresa sempre teve uma estratégia de focar na qualidade de seus aparelhos, e não necessariamente no preço. Isso deve continuar. Porém, ela deve acrescentar a sua linha aparelhos com especificações técnicas limitadas.
iPhones mais baratos poderiam combater o avanço do Android? Esse novo modelo poderia ser uma estratégia para aumentar o número de usuários da plataforma iOS, da Apple. Por mais que as taxas de lucratividade de um aparelho mais barato sejam menores, existe uma enorme oportunidade em termos de novas receitas provenientes de gastos com a plataforma, como a venda de aplicativos, livros, filmes e outros produtos.
O lançamento do iPad mini foi um teste da nova estratégia da Apple? A empresa tem olhado muito atentamente para tendências de mercado. A tela do iPad diminui, enquanto a do iPhone aumentou. A empresa tem escutado seus consumidores e olhado de perto as movimentações da concorrência.
Publicidade
VEJA Mercado
A divisão entre indicados de Lula e Bolsonaro no Copom e entrevista com Alexandre Schwartsman
As bolsa europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta quinta-feira, 9. Agora é oficial: o Copom mudou a rota da política monetária brasileira. O comitê projetava na reunião passada um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic agora em maio. Não rolou. O Banco Central cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado e escancarou a divisão entre os membros do comitê. Os diretores e o presidente indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro são maioria e votaram por um corte de 0,25 ponto percentual na Selic. Os quatro indicados pelo governo Lula defenderam um corte maior de 0,5 ponto percentual. O comunicado do Copom diz que o cenário externo de mostra mais adverso e exige mais cautela no combate à inflação. O Brasil vai importar 1 milhão de toneladas de arroz por causa da destruição de safras no Rio Grande do Sul. Empresas como GM, Gerdau e Renner tiveram suas operações prejudicadas. O governo anunciou 1,7 bilhão de reais em obras para prevenção de desastres naturais. Diego Gimenes entrevista Alexandre Schwartsman, economista, colunista de VEJA e ex-diretor do Banco Central.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 2,00/semana*
ou
Impressa + Digital
Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 39,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.