Investidor pede saída de CEO da Microsoft

Steve Ballmer estaria “vivendo no passado”, diz investidor

Por Da Redação
27 Maio 2011, 11h59

Steve Ballmer: quem disse que ele não pode entrar no clubinho dos descolados do Vale do Silício? (Getty Images/VEJA/VEJA)

Steve Ballmer, atual presidente-executivo da Microsoft, foi alvo de um duro ataque nesta quinta-feira por parte de um dos investidores da companhia. David Einhom, administrador de fundos de alto risco que investem na gigante de software, afirmou que o executivo “vive do passado” e não está apto a continuar no controle da empresa. “Sua presença continuada é a maior influência negativa sobre as ações da Microsoft”, disse Einhorn a colegas durante a Ira Sohn Investment Research Conference, evento anual que ocorre em Nova York.

Os comentários, que ecoam opiniões expressas há anos por outros investidores, causaram agito em Wall Street. Contudo, o valor das ações da Microsoft subiram 2%, atingindo 24,67 dólares. Isso porque o conselho de administração da empresa – formado por nove pessoas, entre as quais o presidente e cofundador Bill Gates – expressou apoio a Ballmer.

Outros investidores admitiram que a Microsoft vem sofrendo sob o comando de Ballmer, mas não chegaram a pedir sua saída. “Minha interpretação foi a de que o conselho apoia Steve firmemente, e que ele só sairá quando quiser”, disse Eric Jackson, do fundo de hedge Ironfire Capital, que vendeu suas ações da Microsoft no final de 2010, decepcionado pelo fato de a empresa não ter elevado seus dividendos.

Gates, que cofundou a companhia de software em 1975 e continua a ser o seu maior acionista, com 6,6% do capital, é em geral visto como a pessoa que teria de tomar a decisão sobre uma eventual troca de comando. “Gates é um capitalista impiedoso. Se quisesse, empurraria Ballmer para fora por conta própria”, disse um administrador de fundos que também investe na Microsoft que pediu que seu nome não fosse revelado. Gates, contudo, não tem dado mostras de que considera uma mudança. Um representante do empresário se recusou a comentar o assunto.

(Com agência Reuters)