Hacker avisa: ataques em defesa do WikiLeaks continuarão
Ativistas afirmam que estão em guerra para manter a internet livre da censura
Mais ataques de hackers em retaliação pelas tentativas de bloqueio do site WikiLeaks deverão acontecer como parte de uma guerra pela liberdade na internet, disse nesta quinta-feira o representante do grupo Anonymous, um dos envolvidos nas invasões que aconteceram no começo da semana.
“O Anonymous tomou por alvo principalmente empresas que decidiram, por qualquer que seja a razão, não cooperar com o WikiLeaks. Alguns dos principais alvos são Amazon, MasterCard, Visa e PayPal”, disse um porta-voz, que usa o pseudônimo “Coldblood”, à BBC Radio 4. “A campanha não acabou, pelo que vi, e continua forte. Há mais pessoas aderindo, e mais pessoas estão baixando a ferramenta que permite os ataques”, acrescentou. O jovem, que falava com sotaque inglês, disse ter 22 anos e ser engenheiro de software.
As gigantes de cartões de crédito MasterCard e Visa sofreram ataques on-line na quarta-feira, devido à retaliação dos simpatizantes do WikiLeaks por medidas tomadas contra o fundador do site, Julian Assange. Ele foi o responsável pela divulgação de telegramas diplomáticos norte-americanos, causando ira e embaraço no governo do presidente americano, Barack Obama.
“Vejo a situação como uma guerra, mas não uma guerra convencional. É uma guerra de dados. Estamos tentando manter a internet livre e aberta para todos, exatamente como ela sempre foi,” disse “Coldblood”. “É difícil identificar as pessoas que colaboram com o WikiLeaks. A única (pessoa) facilmente identificável é Julian, e ele infelizmente está indisponível no momento”, concluiu. Assange está detido em uma prisão londrina, como resultado de alegações de um ataque sexual na Suécia. Seus defensores afirmam que as acusações contra ele têm motivação política.
(Com agência Reuters)