Google vai lançar rival da Apple TV fora dos EUA
Chromecast permite assistir no televisor vídeos exibidos em smartphones e tablets
O Google vai lançar o Chromecast, produto que concorre diretamente com a Apple TV, em “vários países” nas próximas semanas. A novidade foi anunciada por Sundar Pichai, vice-presidente do Google para Android, Chrome OS e aplicativos, durante uma palestra no festival South by Southwest (SXSW), realizado entre 9 e 13 de março em Austin, nos Estados Unidos. Ainda não há detalhes sobre quais países receberão o dispositivo nesta etapa.
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Desde o lançamento do dispositivo, em julho de 2013, o Chromecast só está disponível nas lojas dos Estados Unidos, onde é vendido por 35 dólares. O dispositivo tem o tamanho de um pen-drive e deve ser conectado à TV por meio da conexão HDMI. Ele funciona com o sistema operacional Chrome OS, desenvolvido pelo Google. Ao selecionar a opção “Cast” em um aplicativo em uso, como o YouTube, é possível ver na tela grande o mesmo vídeo exibido na tela do smartphone, tablet ou computador.
Até o momento, poucos aplicativos são compatíveis com o Chromecast, entre eles Netflix, YouTube, Hulu, Chrome e o próprio Google Play, que permite usar a TV para assistir filmes e ouvir músicas compradas por meio da loja. Com o lançamento da interface de programação de aplicativos (API) do Chromecast para desenvolvedores em fevereiro, o número de apps compatíveis com o dispositivo deve aumentar nos próximos meses.
Durante o SXSW, Pichai afirmou que o Google já vendeu milhões de unidades do Chromecast e as vendas continuam a aumentar rapidamente nos EUA. A empresa não detalhou os países que receberão o Chromecast nas próximas semanas. De acordo com o site The Next Web, é possível que o dispositivo chegue primeiro às lojas da Austrália e do Reino Unido. Ainda não há detalhes sobre o lançamento do produto no Brasil.
Óculos e relógios inteligentes – Durante o SXSW, o Google também mostrou que quer o Android em mais dispositivos que o usuário pode “vestir”, como relógios e óculos inteligentes. Para isso, a empresa vai liberar um kit de desenvolvimento específico para estes produtos, que tornará mais fácil a criação de novos produtos pelos fabricantes de eletrônicos. “Queremos estabelecer um conjunto de protocolos comuns que nos permitam trabalhar juntos”, disse Pichai.
Com o lançamento, o Google quer padronizar a forma como o Android recebe informações dos diversos sensores embarcados em óculos, relógios e pulseiras inteligentes. Isso tornará mais simples a opção pelo Android. Dessa forma, o Google tenta frear os interesses de grandes empresas que tentam criar opções ao Android para esses novos dispositivos. A Samsung, por exemplo, substituiu o Android pelo Tizen na segunda geração do relógio inteligente Gear, lançado no final de fevereiro.