Fundador do Megaupload propõe acordo aos EUA
Kim Dotcom aceita ser julgado no país se tiver contas liberadas e condicional
O fundador do portal Megaupload, Kim Dotcom, propôs nesta terça-feira ir voluntariamente aos Estados Unidos para ser julgado por suposta pirataria na internet e outros delitos, desde que em troca tenha suas contas desbloqueadas e receba liberdade condicional em território americano.
“Nós iremos aos Estados Unidos. Não há necessidade de uma extradição. Queremos liberdade condicional e que descongelem as contas para os advogados e os custos de vida”, disse Dotcom no Twitter. O fundador do Megaupload, fechado no final de 2011, também afirmou que ele e os três executivos do site, que aguardam o processo de extradição em liberdade condicional na Nova Zelândia, estão dispostos a ir aos EUA caso tenham garantido, além de acesso às contas correntes, um julgamento justo.
“Mas eles nunca aceitarão isso porque já sabem que não podem ganhar este caso”, declarou Dotcom ao jornal New Zealand Herald. A proposta foi feita um dia depois do adiamento para 25 de março de 2012 do início do processo sobre o pedido de extradição aos EUA, que estava programado para o próximo mês.
Dotcom confessou ao New Zealand Herald que as batalhas e a demora no caso prejudicaram sua capacidade de pagar as despesas dos 22 advogados que defendem sua inocência em diversos casos e em vários países. “Eles (o governo americano) sabem que por cada movimento que eles fazem eu tenho que acionar meus advogados. Fazem isso para que eu não tenha a oportunidade de me defender a longo prazo”, criticou.
Os EUA querem julgar um total de sete diretores do Megaupload, entre eles quatro que foram detidos na Nova Zelândia por supostos delitos relacionados com pirataria na internet, crime organizado e lavagem de dinheiro.
(Com agência EFE)