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Europa tenta impedir aquisição da Fitbit pela Google

O temor é que a enorme quantidade de dados adquiridos pela gigante das buscas possam garantir vantagens indevidas em relação à concorrência

Por Da Redação 8 nov 2019, 17h17

Na sexta-feira (1), a Google anunciou a aquisição da fabricante de pulseiras e relógios inteligentes Fitbit. Com o negócio de 2,1 bilhões de dólares, é esperado que a empresa se posicione ainda melhor no mercado de smartwatches. Em um comunicado, o vice-presidente de dispositivos e serviços, Rick Osterloh, afirmou que essa é uma oportunidade de investir em sistemas operacionais para esses aparelhos, além de “introduzir no mercado dispositivos vestíveis feitos pelo Google”. Contudo, se depender dos órgãos reguladores da União Europeia, os planos, ao menos naquele continente, não vão sair do papel tão facilmente.

“A aquisição de empresas para absorver dados em uma só companhia é uma preocupação urgente para os reguladores”, disse a chefe antitruste da Europa, Margrethe Vestager, ontem (7), uma semana após a compra da marca de dispositivos fitness Fitbit. Vestager se recusou a comentar o acordo especificamente, mas disse que houve um mal-estar geral entre reguladores ao notarem que tal aquisição está em andamento nos Estados Unidos, sem a discussão sobre quantos dados a Google está adquirindo com a compra.

Segundo Margrethe Vestager, o negócio provocou ligações de concorrentes aos órgãos europeus pedindo para adotarem uma postura mais rígida no continente. A Fitbit, pioneira na popularização dos dispositivos vestíveis, tem um tesouro inestimável de dados de saúde que poderiam desbalancear a competição entre as empresas.

“Em geral, temos uma preocupação se as empresas se fundirem por causa dos dados que possuem”, disse Vestager em entrevista à Web Summit. Nos últimos dois anos, Vestager multou a multinacional Google em mais de 8 bilhões de euros por reprimir concorrentes em três casos separados, envolvendo um serviço de comparação de preços, o sistema operacional Android e a intermediação de anúncios em resultados de buscas.

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A aquisição deve fechar em 2020, caso ambas as empresas consigam as autorizações antitruste necessárias, embora isso possa ser prorrogado até 3 de maio de 2021 – cabendo à Google o pagamento de 250 milhões de dólares caso o negócio seja impedido. Esse seguro é necessário porque, para 2020, a Google terá dois processos sob análise para obter a autorização antitruste.

Além da Fitbit, a companhia concordou em comprar a companhia de serviços em nuvem Looker, em junho, por 2,6 bilhões de dólares. O Departamento de Justiça americano ainda está buscando mais informações sobre o acordo para determinar se o vínculo prejudica a concorrência.

A Google argumenta que não é anticoncorrência porque, mesmo com a compra, ainda está bem atrás da Amazon e da Microsoft no mercado da chamada computação em nuvem. Argumento semelhante é utilizado em relação aos smartwatches; nesse caso, Apple lidera com mais de 50% do setor.

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