A maior empresa petrolífera dos Estados Unidos, a Exxon Mobil, anunciou que irá começar a pesquisar o biocombustível produzido a partir de algas e outros organismos. O ramo já era explorado pela PetroAlgae, uma das pioneiras na extração desse tipo de combustível, que começou suas pesquisas em 2006.
A Exxon Mobil irá investir 600 milhões de dólares (cerca de 1,2 bilhões de reais) em estudos sobre como obter combustível dos organismos e deixou as pesquisas nas mãos de ninguém menos que o americano Craig Venter, o pai do genoma humano. A companhia espera obter resultados dentro de seis anos.
Andrew Beck, porta-voz da PetroAlgae, disse que a empresa acredita que o combustível de algas não é uma aposta futura, mas atual. Beck aproveitou ainda para destacar que o processo utilizado pela empresa é 90% ecológico. �Nosso sistema produz biocombustível e, além disso, obtém uma fonte proteica ideal para a alimentação de seres humanos e de gado�.
A extração do combustível é feita a partir da fotossíntese de algas e organismos como diatomáceas, plantas angiospermas e cianobactérias. Um dos principais fatores que diferenciam esse biocombustível dos demais é que contrário as plantações de cana�de�açúcar, soja ou milho, o cultivo das algas não �rouba� o espaço dedicado às plantações de alimentos. A PetroAlgae fechou uma parceria com a China onde, no final deste ano, instalará dez de suas unidades de produção de biocombustível.