Os estudantes que se sentiram prejudicados pelo erro de impressão da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado neste sábado, poderão reclamar por meio de uma página da internet a ser criada pelo Ministério da Educação (MEC), informou Joaquim José Soares, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova. O endereço do site para a reclamação ainda não foi divulgado.
O problema registrado no primeiro dia do Enem ocorreu porque a numeração das questões no caderno de perguntas não coincidia com a do caderno de respostas. No primeiro, as perguntas de 1 a 45 eram referentes a ciências humanas, enquanto as de 46 a 90 tratavam de ciências da natureza. No caderno de respostas, a disposição era a contrária.
Em coletiva de imprensa realizada em Brasília logo após o término do exame, o presidente do Inep sustentou que o erro não coloca em xeque a credibilidade do exame. “Mais de três milhões de pessoas realizaram a prova neste sábado. Todos tiveram uma resposta clara e específica sobre o procedimento correto para preencher o gabarito”, disse. “Aqueles que receberam orientações diferentes das oficiais poderão fazer um requerimento em uma página especial”, disse, referindo-se ao espaço a ser criado pelo MEC. Cada reclamação será analisada separadamente pelas autoridades.
O presidente do Inep também negou que o fato de os estudantes só terem sido avisados sobre a falha da impressão quarenta minutos depois do início da prova possa trazer prejuízo aos candidatos. “Isso não pode afetar uma prova de quatro horas de duração. A ordem certa seria responder as questões e depois utilizar a folha de respostas. Os alunos poderiam resolver as questões enquanto isso”, disse.