Introduzidas nos aeroportos na década de 1970 para aumentar o fluxo de passageiros, as esteiras rolantes podem atrapalhar mais do que ajudar. Dois estudos americanos sugerem que essas superfícies móveis tendem a tornar o percurso ainda mais lento, ao fazer com que as pessoas andem mais devagar e ainda por cima obstruam o tráfego.
A pesquisa mais recente foi conduzida por Manoj Srinivasan, da Universidade de Princeton. Através de dois modelos matemáticos, o cientista mostrou que as pessoas atrasam o passo sobre esteiras rolantes para minimizar o gasto de energia. Com isso, mesmo sem ninguém no caminho, o tempo ganho em um trecho de 100 metros é de apenas 11 segundos .
O estudo de Srinivasan, publicado na revista New Scientist, reforça as conclusões de Seth Young, da Universidade do estado de Ohio. O pesquisador observou que passageiros dos aeroportos de San Francisco e Cleveland caminhavam bem mais devagar nas esteiras e, eventualmente, obstruem a passagem. “Andar em esteiras rolantes é o único meio de transporte que acaba atrasando as pessoas”, disse Young, segundo reportagem do jornal The Daily Telegraph.