Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Criador de várias startups, carioca tem currículo de empreendedor veterano

João Gabriel Santos ensina a linguagem dos computadores às novas gerações

Por André Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jan 2020, 07h00 - Publicado em 3 jan 2020, 06h00
EMPENHO - O educador: “Não sou superdotado. Apenas recebi o apoio necessário”
EMPENHO - O educador: “Não sou superdotado. Apenas recebi o apoio necessário” (./.)

Fundada em agosto de 2019, a Crescere é uma startup que oferece cursos, de seis meses em média, voltados para a área tecnológica, financiados em parte por empresas interessadas nesse tipo de mão de obra. Seria apenas mais uma, não fosse por um ousado diferencial: o aluno só paga as mensalidades, cujo valor ele mesmo estipula, depois de conseguir um emprego com remuneração acima de 3 000 reais. Por trás da Crescere está um carioca que, apesar da pouca idade, tem currículo de empreendedor veterano: o programador João Gabriel Santos. “Não sou superdotado. Apenas recebi o apoio necessário para descobrir do que gostava. E notei que outros jovens poderiam ser iguais a mim”, diz ele.

O envolvimento de Santos com o setor de tecnologia e inovação teve início quando ele tinha 12 anos. Nascido em uma família de classe média, o garoto estudava numa escola particular em Realengo, na Zona Oeste do Rio, que mantinha cursos técnicos. Interessado em robótica, ele pediu para frequentar aulas das turmas mais avançadas e assim começou a aprender programação. Com 14 anos, e acumulando vinte premiações em olimpíadas na área de ciências, o adolescente chamava a atenção dos educadores. “Eu dizia a eles que gostava de estudar, porém me entusiasmava mais por aprender assistindo a vídeos no YouTube do que sentado no colégio”, lembra. Tal característica o levou, em 2016, a se tornar representante do EduLivre, um projeto da Unesco que visa a promover o ensino via internet entre populações de baixa renda.

Naquele mesmo ano, Santos virou professor particular de computação. Foi então convidado a se tornar sócio da empresa que lhe fornecia material para as aulas de robótica, a Somai. Não ficou muito tempo — nascia ali o empreendedor. O jovem saiu da sociedade para abrir duas startups, em sequência: a Fábrica de MVP, de desenvolvimento de aplicativos (que não deu certo), e a Byteme, que auxilia outras empresas iniciantes a se desenvolver. Em 2019, ele vendeu a Byteme a Bruno de Paoli, ex-sócio de uma grande corretora de valores e dono da Pirajá, especializada na criação de oportunidades de negócios. Na Pirajá, Santos — que em 2018 participou da série TEDx falando sobre educação — encontrou ambiente para montar a Crescere, que comanda desde a fundação. “Meu projeto é proporcionar aos jovens a mesma abertura para o mundo da computação que eu tive e que me ajudou a mudar de vida”, afirma o jovem. É vida que apenas começa.

Publicado em VEJA de 8 de janeiro de 2020, edição nº 2668

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.