No dia 19 de fevereiro de 2013, um grupo de crackers sacou mais de 45 milhões de dólares de caixas eletrônicos ao redor do mundo. De acordo com o jornal The New York Times, o crime, que só foi divulgado nesta quinta-feira, contou com um esquema elaborado de fraudes que culminou em mais de 40.000 transações durante um período de 10 horas em diversas cidades do país. A publicação aponta que, só na cidade Nova York, foram registrados cerca de 3.000 saques, somando 2,4 milhões de dólares.
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As autoridades acreditam que a operação envolveu pessoas em mais de 20 países. Os crackers invadiram os servidores de uma empresa – ainda não identificada – que lidava diretamente com operadoras de cartões de crédito, entre elas Visa e Mastercard. Com informações confidenciais e acesso irrestrito ao sistema, o grupo criou 12 contas no Banco de Muskat, de Omã, e falsificou diversos cartões de débito pré-pagos utilizados na ação. “No lugar de armas e máscaras, essa organização utilizou computadores e a internet”, afirmou a procuradora americana Loretta Lynch ao jornal.
Segundo as investigações, o provável líder da ação era Alberto Lajud-Pena, de 23 anos, que foi encontrado morto na República Dominicana no último dia 27 de abril. Outras sete pessoas foram presas por fraude e lavagem de dinheiro, mas seus nomes não foram divulgados. O NY Times aponta que as agências de segurança de diversos países, como Japão, Canadá, Alemanha e Romênia, também estão investigando o caso.
Em dezembro de 2012, uma tática similar foi usada por crackers nos Estados Unidos. Na ocasião, foram sacados mais de 10 milhões de dólares de caixas eletrônicos. Acredita-se que os dois casos estão relacionados, e que o primeiro crime não passou de um “teste” para o ataque que aconteceu em fevereiro.