As vendas on-line feitas por meio de aparelhos móveis (mobile commerce, ou m-commerce) devem apresentar um crescimento expressivo no Brasil nos próximos meses. A estimativa é que esse segmento movimente cerca de 2 bilhões de reais em 2013 (no primeiro semestre de 2012, foram 132 milhões de reais). As grandes varejistas já começam a se adaptar a essa migração de plataforma.
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No Magazine Luiza, a decisão de lançar e desenvolver uma plataforma própria para os dispositivos móveis aconteceu há um ano, após a percepção de que cada vez mais os acessos ao site convencional da varejista aconteciam por meio de celulares, disse o gerente de pesquisa e desenvolvimento da rede, André Fatala. Entre janeiro e setembro de 2011, os acessos cresceram 371%. �Em outubro, a empresa decidiu desenvolver uma plataforma específica.�
Outras varejistas também desenharam sites especialmente para tablets e smartphones. O Walmart possui uma versão do site exclusivamente para dispositivos móveis. �A página é customizada para os mais diversos padrões de plataformas e amigável, para uma navegação rápida�, disse o diretor de marketing e novos negócios do Walmart, Roberto Wajnsztok.
O Pão de Açúcar, por sua vez, lançou há dois anos sua plataforma para aparelhos móveis. Segundo o diretor de operações da empresa, João Edson Gravata, os usuários têm acesso a funcionalidades e serviços encontrados no site convencional. �A ideia é uma experiência de compras ainda mais agradável e conveniente�, afirmou.
A B2W também dispõe de vendas para celular e tablet. O site Submarino opera aplicativos para aparelhos iPhone, Android e Nokia. Já a Americanas.com está disponível para iPhone e Nokia. Em ambos os casos, os consumidores encontram ofertas em destaque, para navegação rápida.
O grande desafio do m-commerce está no aumento das taxas de conversão, ou efetivação da compra. Atualmente, os usuários usam os dispositivos móveis sobretudo para pesquisar preços, consultar endereços de lojas ou características de produtos. �A maior parte dos negócios ainda é a venda de ingressos para show, cinema e teatro, pois são decisões rápidas que podem ser tomadas na rua ou em qualquer lugar�, disse o vice-presidente de estratégias da Câmara-e.net, Leonardo Palhares.
(Com Agência Estado)