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Como o novo ‘Prince of Persia’ deu vida nova à clássica série de games

"The Lost Crown", recém-lançado para PC e consoles, oferece experiência imersiva que remete aos títulos originais da franquia, mas atualiza a jogabilidade

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 jan 2024, 16h41

Muitos gamers de hoje não eram nem nascidos quando os dois títulos iniciais da série Prince of Persia foram lançados para PC. O primeiro, de 1989, estabeleceu um padrão altíssimo para jogos de plataforma, com um visual charmoso, comandos precisos e armadilhas mortais, capazes de desafiar até jogadores experientes. Eu era criança quando joguei os dois pela primeira vez. Antes da era dos downloads, só era possível comprar os jogos em lojas especializadas ou em bancas de jornais. Havia uma variedade grande de revistas que vinham com CDs encartados, e era assim que não apenas sabíamos mais sobre lançamentos como tínhamos a chance de conhecer outros títulos. De cara, o que mais chamava a atenção era como o jogo era implacável. As vidas eram escassas e qualquer deslize significava o fim da partida e o reinício completo. O avanço era lento. Você podia ter passado algumas etapas, mas bastava um escorregão rumo a uma armadilha para ser obrigado a recomeçar tudo do zero. A continuação, Prince of Persia 2: The Shadow and the Flame, de 1993, era mais colorida, com cenários ainda mais bonitos, mas igualmente cruel. A experiência era sofrida, mas muito divertida.

É esse mesmo sentimento de nostalgia que o novo título da franquia, Prince of Persia: The Lost Crown, proporciona ao jogador com um pouco mais de estrada. Recém-lançado para Windows, Xbox, Playstation e Nintendo Switch, é uma aventura inédita, em 2,5 D (a movimentação é em 2D, mas os cenários são em três dimensões). Ao fugir do modelo de mundo aberto tão explorado pela Ubisoft, desenvolvedora do game, os responsáveis por essa nova versão conseguiram recuperar a magia dos primeiros jogos da série.

A história é simples. O jogador controla Sargon, membro de um grupo de imortais que viaja até uma montanha amaldiçoada para salvar um príncipe. O ambiente é traiçoeiro, repleto de monstros e armadilhas. O tempo não é linear, e quem fica preso na montanha não vê a passagem dos dias. É esse ambiente que deve ser desbravado.

E a exploração é parte fundamental da experiência de The Lost Crown. É possível correr, pular, usar plataformas e escalar paredes. No início, os movimentos de Sargon são limitados, mas à medida que o jogador avança na história ele recebe novos poderes e habilidades. Partes antes inacessíveis do mapa agora podem ser alcançadas. O sistema, conhecido como Metroidvania (uma referência a Metroid, game em que era preciso refazer os passos para acessar ambientes e desafios antes bloqueados), é usado à perfeição aqui. A navegação é simples, e um mapa ajuda na hora de se situar. Uma mecânica interessante é a possibilidade de tirar uma “foto” de algum obstáculo específico, tornando mais fácil saber exatamente onde ele está localizado na hora de voltar.

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Cenários são variados e há uma enorme diversidade de inimigos, cada um com movimentos diferentes, que exigem estratégias alternativas -
Cenários são variados e há uma enorme diversidade de inimigos, cada um com movimentos diferentes, que exigem estratégias alternativas – (Ubisoft/Divulgação)

Além da movimentação, o combate é preciso e satisfatório. Sargon usa duas espadas e, após algumas horas de jogo, um arco. Com eles, é possível fazer combinações básicas ou elaboradas de movimentos. Ao pular, ele acerta inimigos voadores. Outro golpe quebra as defesas de vilões com escudos. Ao sofrer ou causar dano suficiente, uma barra de especial fica carregada. Quando usada, Sargon lança um ataque poderoso que arranca um naco significativo da vida dos inimigos, especialmente de chefes. Há ainda a opção de se esquivar, para frente e para trás, e bloquear ataques inimigos. Dominar o “timing” perfeito para usar os comandos é parte fundamental da curva de aprendizado, e executá-los com precisão crescente é parte importante da diversão.

O ambiente é repleto de monstros, e há uma variedade enorme deles. Alguns são lentos, mas poderosos. Outros são mais rápidos, outros ainda usam poderes que perseguem Sargon. É preciso mudar constantemente de estratégia para avançar. E mesmo os vilões mais toscos ainda são uma ameaça perigosa. Não dá para baixar a guarda nunca. Em etapas mais avançadas do jogo, ter um punhado de inimigos atacando ao mesmo tempo é uma dor de cabeça. Não importa se você é um jogador veterano: a tela de Game Over vai aparecer muitas e muitas vezes. Ao contrário dos games antigos, no entanto, não será preciso começar tudo de novo. Um sistema de salvamento em pontos estratégicos facilita retomar o ritmo.

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A imersão fica completa com a variedade de idiomas disponíveis. Dá para optar por legendas em português e manter o áudio em inglês. Ou, mais bacana ainda, colocar os personagens para falar farsi – como a língua persa também é conhecida.

Prince of Persia: The Lost Crown é tanto um nostálgico afago aos jogadores veteranos que já estão familiarizados com os títulos originais da franquia quanto uma boa porta de entrada para quem ainda não conhece a saga. Com comandos precisos, um visual diversificado e colorido e um sistema de exploração intuitivo e rico, o game cativa por apresentar, de forma tão bem elaborada, um formato tão clássico. Ideal para todo tipo de gamer.

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