Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Com iCloud, Apple inicia guerra na nuvem com Amazon

Pacote lançado nesta terça-feira oferece 5 GB de armazenamento e pretende incentivar compra e aluguel de música e vídeos da empresa

Por James Della Valle
4 out 2011, 14h43
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Com o lançamento oficial do iCloud, disponível a partir do próximo dia 12, a Apple começa a desviar seu tradicional modelo de negócios – baseado na produção e venda de hardware – em direção à oferta mais intensa de serviços. Embora a empresa já tenha investido tempo e dinheiro em projetos nessa área, como as lojas de músicas e aplicativos, dá agora, com o iCloud, o primeiro passo para entrar em um mercado disputado por gigantes da internet, incluindo a Amazon, o Google e mesmo a rede social Facebook.

    Publicidade

    Enquetes:

    Publicidade

    Você gostou do novo iPhone?

    O que você gostaria de ver no novo iPhone?

    Publicidade

    A vantagem da companhia de Cuppertino, criada pelo genial Steve Jobs e agora liderada pelo hábil Tim Cook, é que seus usuários já possuem as ferramentas certas para utilizar os novos serviços: iPhones, iPods e iPads, todos rodando o mesmo sistema operacional – o iOS. O ecossistema é fechado, o que barra a participação de pessoas que não utilizam esses dispositivos, mas garante padronização para quem usa o sistema. Esse é um problema que afeta, por exemplo, o rival Android, do Google, que possui várias versões, adotadas por diferentes dispositivos.

    Glossário

    Publicidade

    NUVEM

    No universo da tecnologia, a palavra “nuvem” designa um ambiente virtual que permite o armazenamento de textos, vídeos, músicas e fotos digitalizados e também o acesso de usuários a aqueles arquivos. Armazenado em servidores remotos, esse conteúdo pode ser acessado de qualquer dispositivo, móvel ou não, com acesso direto à internet e a qualquer momento.

    Publicidade

    A Apple começa devagar, oferecendo os recursos iCloud de graça junto com o seu sistema iOS 5. Com a atualização instalada, os usuários terão apenas que fazer uma conta para ganhar imediatamente 5 GB de espaço para armazenar arquivos na nuvem, como documentos, áudio e vídeos. Esses conteúdos poderão ser recuperados a qualquer hora, desde que o usuário tenha uma conexão com a internet.

    Se faltar espaço, pode-se pagar por capacidade extra. A partir de 10 GB, a empresa cobra 20 dólares por ano pelo serviço, podendo chegar a 100 dólares anuais para uma conta de 50GB. É a média praticada pela concorrência.

    Publicidade

    A oferta é interessante, mas comum. Rivais oferecem a mesma capacidade pelas mesmas condições – o que pede alguma forma de diferencial no mercado. É aí que entram os demais serviços oferecidos pela Apple, como aluguel e compra de conteúdo e a possibilidade de recebê-lo quando você quiser, tudo sob demanda.

    Continua após a publicidade

    Nesse campo, a Amazon pode ser considerada uma rival imediata, uma vez que a gigante do varejo eletrônico já “caminha nas nuvens” há algum tempo. Recentemente, lançou seu tablet, o Kindle Fire, que deve funcionar como a principal plataforma para a propagação de seus serviços de distribuição de conteúdo (áudio e vídeo) e armazenamento de informações. “É bom lembrar que a Amazon tem mais mercado de massa do que a Apple”, aponta Carolina Milanesi, vice-presidente mundial de pesquisas para a empresa de análise de mercados Gartner.

    A Apple, então, deve apostar em sua especialidade: música digital. São 20 milhões de fonogramas disponíveis, ante 16 milhões da rival, além das constantes negociações com os grandes estúdios. Na área de vídeos, a situação é inversa. São 100.000 obras do lado da gigante do varejo, enquanto a criadora do iPhone conta com apenas 50.000 títulos disponíveis. Em seu caminho para o sucesso, a Apple deve brigar com outras iniciativas, como a do Google, que ainda não encontrou a receita certa para atingir o usuário final, e o Facebook, que já começa a trabalhar suas parcerias no campo da música e do cinema.

    “Esse mercado ainda vive sua infância. O consumidor ainda não sabe quem seguir ou o que esperar dele”, afirma Carolina. Isso pode dar certa vantagem para a Apple, uma vez que a companhia tem o costume de utilizar suas excelentes estratégias de marketing para converter potenciais consumidores em clientes.

    O vídeo a seguir (em inglês) mostra a apresentação dos serviços do iCloud feita em junho de 2011 pelo então CEO da Apple, Steve Jobs:

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.