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Vírus da aids está mais brando, diz estudo

Pesquisa feita pela Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, mostrou que uso de antirretrovirais na África está fazendo HIV perder sua virulência, tornando-se menos mortal

Por Da Redação
2 dez 2014, 09h29
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  • A virulência do HIV, causador da aids, diminuiu ao longo do tempo e está menos mortal, de acordo com uma pesquisa publicada na última segunda-feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). O estudo, coordenado pela Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, mostrou que o vírus está perdendo força ao se adaptar ao sistema imunológico humano e demorando mais tempo para provocar a doença. Os pesquisadores sugerem que isso se deve não só à evolução do vírus ao infectar pessoas imunes à aids, mas também ao acesso cada vez maior aos antirretrovirais.

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    Título original: Impact of HLA-driven HIV adaptation on virulence in populations of high HIV seroprevalence

    Onde foi divulgada: periódico PNAS

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    Quem fez: Rebecca Payne, Maximilian Muenchhoff, Jaclyn Mann, Hannah E. Roberts, Philippa Matthews, Emily Adlanda, Allison Hempenstall, Thumbi Ndung’u, Angela R. McLean, Jonathan M. Carlson, and Philip J. R. Goulder e outros

    Instituição: Universidade de Oxford, Grã-Bretanha

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    Resultado: Os pesquisadores estudaram dois grupos de cerca de 1.000 soropositivos na África do Sul e em Botsuana e concluíram que o vírus da aids está perdendo força ao se adaptar ao sistema imunológico humano e demorando mais tempo para provocar a doença

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    Para sobreviver, o vírus HIV sofre diversas mutações dentro do corpo, adaptando-se ao sistema imunológico. No entanto, quando chega a alguém com a imunidade particularmente eficaz, o agente diminuiu sua capacidade de se replicar, tornando-se mais “fraco” e demorando para causar a doença. Transmitido entre as pessoas, o vírus acaba se apresentando menos agressivo, o que, no futuro, poderia fazer com que os infectados se mantenham assintomáticos durante anos.

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    Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram dois grupos de cerca de 1.000 soropositivos na África do Sul e em Botsuana, dois países muito afetados pela aids, entre 2002 e 2013. Em Botsuana, onde a prevalência da aids entre adultos soropositivos é maior que na África do Sul (e onde a epidemia surgiu antes), os autores do estudo constataram que o vírus sofreu uma mutação genética, como resposta imunológica provocada pelos antirretrovirais. Sua capacidade de se replicar e sua virulência diminuíram em 10%, em comparação com o que se observou em um grupo de pessoas infectadas na África do Sul, onde os tratamentos começaram mais tarde.

    “Se o processo observado neste estudo se confirmar, os programas atuais de prevenção e tratamento da infecção por HIV deveriam ser acelerados”, afirma o estudo.

    Antirretrovirais – Desde 2012, autoridades sanitárias no mundo, entre eles o secretário americano da Saúde, recomendam tomar antirretrovirais para a prevenção da doença em grupos de risco, como como os transexuais, a população carcerária, os viciados em drogas e as prostitutas, que representam cerca da metade das novas infecções anuais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou estas recomendações em julho de 2014.

    Segundo a ONU, 35 milhões de pessoas no mundo tinham HIV no final de 2013, ano em que se infectaram 2,1 milhões de pessoas e morreram 1,5 milhão.

    (Com AFP)

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