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“Virada de jogo”: contraceptivo masculino paralisa espermatozoides

Pílula experimental bloqueia ação de enzima importante para a 'natação' dos gametas

Por Diego Alejandro
Atualizado em 16 fev 2023, 20h22 - Publicado em 16 fev 2023, 17h37
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  • Pílula anticoncepcional: mais de 90% dos médicos já atenderam pacientes que procuraram os especialistas interessadas no método contínuo
    ANTICONCEPCIONAL: Atualmente, o fardo de tomar as pílulas é exclusivamente das mulheres // (Thinkstock/VEJA/VEJA)

    Entrar em uma farmácia e pedir um anticoncepcional masculino soa estranho? Se acostume. O que tem sido um objeto de estudo de cientistas há décadas está um passo mais perto da realidade depois que uma droga experimental se mostrou promissora em bloquear temporariamente o esperma em camundongos e prevenir a gravidez em ensaios pré-clínicos.

    Em um artigo publicado esta semana na Nature Communications, cientistas da Universidade de Cornell disseram que suas descobertas podem ser uma “virada de jogo” para a contracepção masculina. Estudos anteriores experimentais alcançaram taxas de sucesso impressionantes de até 94%, mas a maioria dos produtos afeta o desenvolvimento do esperma, também chamado de sêmen, o que significa que leva meses para que o contraceptivo seja confiável e também é necessário esperar semanas para reverter seu efeito.

    Como funciona?

    A novidade agora é que a pílula experimental demonstrou interromper a movimentação dos espermatozoides, ainda que apenas temporariamente, em um ensaio preliminar com roedores. Mais especificamente, por apenas três horas. A pesquisa, apoiada pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, identifica um possível contraceptivo não hormonal que poderia ser tomado pouco antes da atividade sexual para inibir temporariamente a fertilidade, cuja capacidade seria recuperada no dia seguinte.

    O segredo da droga é inibir uma enzima chamada adenilil ciclase solúvel (sAC, em inglês). Nos experimentos, o camundongo macho exibiu comportamento normal de acasalamento com as fêmeas, mas não conseguiu fertilizá-las, apesar de 52 tentativas diferentes.

    A eficácia contraceptiva foi de 100% nas primeiras duas horas e de 91% após a terceira hora. Em contraste, camundongos machos tratados com uma substância de controle inativa fertilizaram quase um terço de suas parceiras. Apesar disso, o efeito do composto desaparece três horas depois, quando os espermatozoides começam a recuperar a motilidade, ou a capacidade de nadar.

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    Após 24 horas, quase todos os espermatozoides recuperaram o movimento normal. Da mesma forma, nenhum efeito colateral foi registrado em homens ou mulheres após o uso composto, administrado continuamente por seis semanas. “Nosso inibidor funciona dentro de 30 minutos a uma hora”, disse Melanie Balbach, coautora do estudo.

    Lonny Levin, outro coautor, explica que os contraceptivos em potencial para homens devem atingir um nível muito mais alto de segurança e efeitos colaterais. Como os homens não correm os riscos associados à gravidez, explicou ele, a área assume que os homens terão baixa tolerância a possíveis efeitos colaterais.

    No entanto, a segurança dessa nova droga contraceptiva masculina ainda não foi testada em humanos, logo, não há como ter informações sobre seus possíveis efeitos colaterais. Hoje, os preservativos, que existem há 2 mil anos, e as vasectomias são as únicas opções reais para os homens.

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