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Vício em internet é um risco à saúde, alertam pesquisadores

Estudo concluiu que o hábito está ligado à depressão, traços de autismo e variações de humor que podem ser semelhantes a crises de abstinência

Por Da Redação
27 fev 2013, 13h10
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  • Um artigo publicado neste mês no periódico PLoS One chama a atenção para os riscos à saúde apresentados pelo hábito de passar muitas horas na internet. Após avaliar 60 pessoas, entre elas alguns usuários assíduos da rede, pesquisadores britânicos concluíram que o vício em internet, assim como a dependência de drogas, está associado a alterações de humor, ao aumento do risco de depressão e a sinais de abstinência. E, além disso, o hábito pode até fazer com que um indivíduo apresente traços de autismo.

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    Conheça a pesquisa

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    TÍTULO ORIGINAL: Differential Psychological Impact of Internet Exposure on Internet Addicts

    ONDE FOI DIVULGADA: periódico Plos One

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    QUEM FEZ: Michela Romano, Lisa A. Osborne, Roberto Truzoli e Phil Reed

    INSTITUIÇÃO: Universidade de Swansea, Grã-Bretanha

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    RESULTADO: Abusar do uso da internet pode aumentar a variação de humor, o risco de depressão e fazer com que um indivíduo apresente sintomas de autismo e sinais semelhantes ao da abstinência, o que configura o problema como um caso de depêndencia.

    “A associação entre o vício em internet e depressão e humor instável já era conhecida e demonstra que as nossas descobertas estão de acordo com estudos anteriores. Porém, o fato de o vício em internet ter sido fortemente relacionado a traços de autismo é um achado novo, e pode ser de natureza semelhante a associações estabelecidas anteriormente entre isolamento social e esse tipo de dependência”, escreveram os autores no artigo.

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    Como as drogas – Ainda de acordo com a pesquisa, pessoas viciadas em internet são muito mais propensas a apresentar uma variação de humor negativa e um pior estado de espírito imediatamente após desligarem o computador do que indivíduos que usam a internet moderadamente. Segundo os autores, esse quadro é semelhante a sintomas de abstinência e reforça ainda mais que essas pessoas sofrem de dependência de internet. “Quando essas pessoas se veem off-line, elas passam a apresentar um humor muito mais negativo, assim como indivíduos que deixam de usar drogas ilegais, como o ecstasy”, disse Phil Reed, professor da Universidade de Swansea, na Grã-Bretanha, e coordenador do estudo.

    “Esses resultados iniciais e pesquisas relacionadas à função cerebral sugerem que, na internet, há algumas surpresas desagradáveis para o bem-estar das pessoas”, disse Reed. Para os pesquisadores, a mensagem principal desse estudo é a de que algumas pessoas podem acabar tendo muitos problemas com o uso excessivo da internet, inclusive danos à saúde física e mental. Esses indivíduos, os autores escrevem, “talvez precisem de ajuda para entender as razões para o uso excesso da internet e qual é a função do hábito em suas vidas”.

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    Leia também:

    Uso excessivo da internet é relacionado à depressão e ao uso de drogas

    Jovens viciados em internet têm risco maior de depressão

    Esse estudo foi feito com 60 pessoas, com uma idade média de 24 anos. Os pesquisadores analisaram o uso de internet, além de traços de humor, personalidade e sentimentos dos participantes. Os indivíduos foram orientados a responder um questionário sobre humor e ansiedade antes e depois de usarem a internet durante 15 minutos. Dos voluntários, 32 foram considerados “problemáticos” em relação ao uso da internet. Não foi encontrada relação entre vício em internet e sintomas de ansiedade.

    Novo distúrbio – No artigo, os autores afirmam que o vício em internet tem sido cada vez mais debatido nos últimos dez anos. O problema vai, inclusive, ganhar mais atenção na quinta e mais nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, sigla em inglês), documento considerado por muitos médicos como a “bíblia da psiquiatria”. No DSM-V, que deverá ser publicado integralmente em maio, esse tipo de dependência será classificado como uma condição digna de atenção de pesquisas futuras.

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