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Veneno da cobra mamba negra tem analgésico melhor do que a morfina

Em estudo, a substância, que vem de uma das cobras mais venenosas que existe, eliminou a dor em camungongos sem produzir os efeitos colaterais do opioide

Por Da Redação
4 out 2012, 14h51

O veneno de uma das cobras mais letais, a mamba negra, está sendo usado no desenvolvimento de um analgésico tão poderoso quanto a morfina, mas sem os efeitos colaterais associados ao opioide. A conclusão faz parte de estudo publicado nesta quinta-feira na revista Nature. Pesquisadores do Instituto de Farmacologia Molecular e Celular do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França conseguiram isolar um componente do veneno – nomeado �mambalgina� – capaz de eliminar a dor em camundongos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Black mamba venom peptides target acid-sensing ion channels to abolish pain

Onde foi divulgada: revista Nature

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Quem fez: Sylvie Diochot, Anne Baron, Miguel Salinas, Dominique Douguet, Sabine Scarzello, Anne-Sophie Dabert-Gay, Delphine Debayle, Valérie Friend,nAbdelkrim Alloui, Michel Lazdunski e Eric Lingueglia

Instituição: Centro Nacional de Pesquisa Científica da França

Resultado: A mambalgina, um componente isolado do veneno da cobra mamba negra, uma das mais venonas do mundo, foi capaz de aliviar a dor em camundongos de forma tão eficaz quanto a morfina, mas sem produzir os efeitos colaterais do opioide.

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A eficácia da substância foi avaliada em testes de laboratório em que uma fonte de calor se aproximava do rabo e da pata dos roedores. Aqueles sob efeito da mambalgina não reagiram com sinais de dor ao estímulo. A mambalgina anestesiou os canais de íon sensíveis ao ácido, um dos que participam do processo de transmissão da dor. Esses canais são ativados sempre que há uma baixa de pH no organismo, que pode ser provocada por uma inflamação dolorosa.

A substância não provocou disfunção motora, apatia, convulsão nem desconforto respiratório. E não levou à tolerância, processo em que é preciso aumentar a dose para se atingir o mesmo resultado e que pode levar à dependência.

O Instituto Butantã conduz duas pesquisas semelhantes com a cascavel. �”Essas pesquisas ajudam a entender os mecanismos da dor”�, diz a pesquisadora Yara Cury, diretora do Laboratório Especial de Dor e Sinalização. Ela esclarece que o veneno não será necessariamente a matéria-prima de um remédio, mas pode servir de modelo para moléculas que se tornarão analgésicos.

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(Com Agência Estado)

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