Presidente do grupo Beiersdorf (5,7 bilhões de euros em vendas no ano passado) e principal executivo mundial da Nivea, em que entrou como estagiário recém-formado em economia, o alemão Thomas-Bernd Quaas, 57 anos, orgulha-se do eterno sucesso do primeiro e mais famoso creme Nivea, o da latinha azul, que em 2011 vai completar 100 anos – “É a mãe de todos os hidratantes”. Ao mesmo tempo, avalia que a maior mudança que vivenciou nestes mais de trinta anos de empresa foi a velocidade com que a indústria cosmética passou a desenvolver novos produtos e prenuncia grandes novidades, sobretudo no campo da hidratação da pele. Sorridente, corado e prolixo, Quaas, que é casado com uma brasileira, arranha o português e prepara feijoada em casa quase todo sábado (“Sem laranja. Fruta, só na caipirinha”), falou a VEJA em São Paulo, em uma de suas periódicas visitas ao Brasil, “de longe o campeão” no consumo de seus produtos entre os países em desenvolvimento.
É ilusão acreditar na eficácia de produtos que prometem acabar com a celulite?
A celulite é um dos problemas de pele mais difíceis de ser sanados. Sua ocorrência está relacionada com a estrutura muscular das pessoas, com o formato das pernas e, é claro, com a qualidade da alimentação e o estilo de vida de cada uma. É impossível resolvê-lo totalmente. O mais razoável é baixar um pouco a expectativa e escolher produtos, como os nossos, que seguramente atenuam o problema.
Já que o senhor foi tão sincero ao falar da resistência da celulite, eu pergunto: os cremes faciais podem acabar com as rugas?
Podem atenuá-las. Eles são eficazes a ponto de fazer com que um rosto pareça até cinco anos mais jovem. É o que se pode prometer sem risco de exagerar na eficácia. Esse grau de sucesso, porém, depende do uso constante e incansável de bloqueador solar e hidratante.
Leia a entrevista completa na edição de VEJA desta semana (disponível apenas para assinantes)