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Teste de saliva de Covid-19 é mais rápido e seguro do que cotonetes nasais

Segundo estudo da Universidade Maryland, nos Estados Unidos, a detecção precoce pode reduzir a propagação da doença

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 mar 2022, 17h29

O teste genético feito com amostra de saliva consegue identificar o vírus SARS-CoV-2 mais rapidamente do que os testes realizados com cotonetes nasais. É o que diz uma pesquisa, revisada por pares, publicada nesta segunda-feira, 21, no Microbiology Spectrum, jornal da Sociedade Americana de Microbiologia. “É uma descoberta muito importante porque pode evitar que as pessoas espalhem o vírus da Covid-19 antes de saberem que o tem”, disse Donald K. Milton, coautor do estudo e professor de saúde ocupacional e ambiental do Instituto de Saúde Ambiental da Universidade Maryland, nos Estados Unidos. “A detecção precoce pode reduzir a propagação da doença”, afirma. A pesquisa foi motivada justamente pela necessidade de aumentar os testes no início da pandemia, acompanhada pela escassez de swabs nasais, até então o método padrão de coleta de amostras para testes.

Para identificar os infectados pela Covid-19, os pesquisadores começaram a realizar testes semanais em maio de 2020, com amostras de saliva de voluntários saudáveis. Entre os voluntários assintomáticos que testaram positivo ao longo de dois anos, observou-se que começavam a apresentar sintomas um ou dois dias depois da realização do teste. “Isso nos fez refletir se a saliva seria melhor para identificar pacientes pré-sintomáticos do que os cotonetes nasais tradicionais”, afirmou o professor.

Para responder a essa questão, os pesquisadores usaram dados de um estudo complementar com contatos próximos dos infectados. “Coletamos amostras de saliva e swab nasal dessas pessoas a cada 2 ou 3 dias durante o período de quarentena”, contou Milton. “Todas as amostras foram testadas usando a reação em cadeia da polimerase de transcrição reversa em tempo real [RT-PCR] para detectar SARS-CoV-2 e medir a quantidade de RNA viral. Em seguida, analisamos como esses resultados mudaram nos dias anteriores e posteriores do início dos sintomas”, explicou.

De acordo com o levantamento, a transmissão pré-sintomática desempenha um papel maior do que a transmissão sintomática do coronavírus. “No início do curso da infecção, a saliva era significativamente mais sensível do que as secreções nasais no meio da turbina”. Essas descobertas podem melhorar consideravelmente a aceitação dos testes de detecção da Covid-19, além de reduzir o custo da triagem em massa e melhorar a segurança dos profissionais de saúde que devem realizar testes constantemente. Neste último caso, o autoteste de saliva evita o contato próximo entre paciente e profissional de saúde e o desconforto em pacientes. “Nossa pesquisa apoia o uso de saliva em larga escala, em escolas e locais de trabalho, como forma de melhorar as taxas de triagem e a detecção precoce”, disse Milton, acrescentando. “Esperamos que, se os testes rápidos de saliva estiverem disponíveis, possam ser um grande avanço em relação aos atuais de cotonetes nasais”.

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