Por AE
São Paulo – Tratamentos de reprodução assistida podem custar o preço de um carro popular em clínicas particulares e as filas de espera na rede pública passam de três anos. Mas, em São Paulo, há outras alternativas para driblar a dificuldade de engravidar, uma condição que vem se tornando cada vez mais frequente no País e no mundo. Financiar o procedimento de fertilização em até três anos, por exemplo, é uma opção que estará disponível na capital a partir do próximo semestre.
A ideia da gestação financiada é do Programa Acesso, um dos serviços que subsidiam parte do tratamento para casais inférteis, mediante alguns critérios. �Conversamos com parceiros para oferecer juros atraentes, abaixo do que é cobrado por cartões de crédito�, afirma o biomédico Floriano Moreira de Andrade, um dos responsáveis pelo serviço.
O Projeto Acesso garante ainda descontos em medicamentos e honorários médicos. Nessa mesma linha há o Instituto Sapientiae e o Projeto Alfa, que oferecem tratamentos com descontos de 40% a 100% para as futuras mamães. Essas alternativas ajudam a atender uma demanda crescente: a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) estima, com base em pesquisas internacionais, que a quantidade de gestações de laboratório tenha aumentado de 20% a 25% entre 2008 e 2010.
Mas a oferta de tratamentos está longe de suprir a procura por eles no País. Cerca de 30 mil ciclos de fertilizações in vitro (FIV), por exemplo, são realizados anualmente. �O Brasil precisaria fazer, contudo, cerca de 150 mil fertilizações in vitro por ano para atender sua demanda�, garante o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), Adelino Amaral Silva. Por isso, é grande a disputa por tratamentos totalmente gratuitos, oferecidos em São Paulo pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Hospital das Clínicas e do Centro de Referência em Saúde da Mulher (Pérola Byington). As informações são do Jornal da Tarde.
AE