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Rio de Janeiro exigirá ‘passaporte de vacinação’ a partir de setembro

Certificado de imunização contra a Covid-19 será necessário para acesso a locais de lazer, como academias e pontos turísticos, e realização de cirurgias

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 ago 2021, 14h57

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou nesta sexta-feira, 27, que o certificado de vacinação contra a Covid-19 passará a ser exigido para ter acesso a locais de lazer, incluindo academias de ginástica e pontos turísticos, receber recursos do Cartão Família Carioca e realizar cirurgias eletivas. A determinação, publicada nesta sexta no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, valerá a partir de setembro. A medida busca conter a disseminação do coronavírus na cidade, proteger os vacinados e estimular a imunização ao criar dificuldades para quem não quer se vacinar.

O Rio de Janeiro voltou a apresentar uma tendência de alta nas mortes por Covid-19. Na contramão das quedas registradas em todo o país, o estado e a capital tiveram um aumento significativo no índice registrado na última terça-feira, 24, em comparação com os números apresentados há 15 dias. O estado fluminense teve 28,5% a mais de vítimas da doença, enquanto a cidade apresentou um crescimento ainda pior: 55,2%

“Não deixem de se vacinar. Nós vamos criar dificuldades para aqueles que não querem se vacinar, desde o acesso a programas de transferência de renda, passando por cuidados a sua saúde, passando por ter alternativas e oportunidades de lazer e, em alguns casos, até de trabalhar. É muito importante que as pessoas se vacinem”, disse o prefeito, durante apresentação do boletim epidemiológico da cidade.

Os novos decretos publicados pela administração municipal tornam obrigatória, a partir de 1° de setembro, a apresentação do comprovante de vacinação para acessar diversos espaços, como academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento, clubes, estádios, vilas olímpicas, cinemas, teatros, circos, salas de concerto, pistas de patinação, pontos turísticos e feiras comerciais.

A prefeitura também passará a exigir o comprovante de vacinação para a inclusão e manutenção de pessoas no programa de transferência de renda Cartão Família Carioca. Além disso, a exigência do certificado será feita para quem quiser realizar cirurgias eletivas nos serviços públicos e privados de saúde e nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) no município.

A comprovação da vacinação poderá ser feita tanto com o aplicativo ConecteSUS quanto com o cartão de vacinação físico. Será exigida a comprovação de todas as doses já disponíveis para a faixa etária.

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Campanha no Rio de Janeiro

A vacinação contra a Covid-19 já alcançou 87,3% do público alvo com primeira dose ou dose única no Rio de Janeiro, considerando que os adolescentes com mais de 12 anos passaram a fazer parte da campanha de imunização. A cobertura com as duas doses ou dose única chega a 42,8% da população alvo.

Porém, o atraso na segunda dose preocupa a prefeitura Cerca de 180.000 pessoas não retornaram no prazo determinado para completar a imunização. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, a prefeitura vai intensificar a busca ativa no mês de setembro, entrando em contato com essas pessoas por telefone ou em seus endereços.

Outro dado preocupante é o fato de 30.000 idosos com mais de 60 anos não terem tomaram a primeira dose da vacina. Essas pessoas têm maior risco de complicações pela doença. Enquanto essas pessoas nem iniciaram o esquema de imunização,  a prefeitura já se prepara para aplicar a dose de reforço nos grupos mais vulneráveis, incluindo idosos e pacientes imunossuprimidos.

Segundo Paes, para priorizar o reforço da vacinação dos grupos de risco, não haverá a antecipação da aplicação da segunda dose das vacina da Pfizer-BioNTech, mantendo o intervalo atual de 12 semanas. A terceira dose em idosos deverá respeitar um intervalo mínimo de três meses após a segunda dose, enquanto pacientes imunossuprimidos poderão receber o reforço 28 dias depois da segunda injeção.

A decisão contraria as recomendações do Ministério da Saúde. A pasta orienta, neste momento, para a vacinação de idosos acima de 70 anos, que completaram o esquema de vacinação há pelo menos seis meses. Para os imunossuprimidos, a recomendação do Rio de Janeiro é igual a do governo federal. A pasta também recomenda a redução do intervalo entre as doses das vacinas de Oxford-AstraZeneca e Pfizer-BioNTech de 12 para 8 semanas. Completar o esquema de vacinação é importante para aumentar a proteção contra a variante Delta.

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O Rio de Janeiro é, atualmente, o epicentro da nova cepa no país. Os últimos dados disponíveis, referentes ao sequenciamento de casos do mês de julho, mostram que a variante Delta responde por 57,5% das infecções, enquanto a Gama, por 41,5%.

O painel de dados da prefeitura mostra ainda que a faixa etária de 30 a 39 anos tem 91.000 pessoas que não se vacinaram, e a de 20 a 29 anos, 146.000.

Boletim epidemiológico

Os dados sobre a pandemia apresentados pelo município indicam que, apesar da alta de casos causada pela disseminação da variante Delta, os óbitos e internações não cresceram na mesma proporção. Segundo Soranz, a disparidade entre essas tendências repete o que tem sido observado em outras partes do mundo.

Com Agência Brasil

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