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Primeiro caso de infecção por superfungo é identificado no Brasil

Um paciente adulto internado em UTI de um hospital na Bahia foi diagnosticado com Candida auris, fungo resistente aos principais tratamentos

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 dez 2020, 12h30 - Publicado em 8 dez 2020, 17h22

Na segunda-feira, 7, a Anvisa recebeu a notificação do primeiro caso de infecção por Candida auris no Brasil. Trata-se de um paciente adulto internado na UTI de um hospital na Bahia. A C. auris é um superfungo, que representa uma grave ameaça à saúde global.

Segundo informações do jornal americano The New York Times, ele infecta pessoas com o sistema imunológico enfraquecido e pacientes internados em hospitais, e se instala rapidamente nos lugares mais inusitados. Nos últimos anos, casos foram identificados em mais de 30 países, em todos os continentes.

O Candida auris foi identificado pela primeira vez em 2009, mas dados retrospectivos mostram infecções em 1996, na Coreia do Sul. Em março de 2017, a Anvisa publicou um comunicado de risco com orientações para o manejo e identificação de casos suspeitos, assim como medidas de prevenção e controle de infecções causadas pela Candida auris. Desde então, os laboratórios de uma rede nacional específica, montada para suporte à identificação do fungo vêm analisando amostras suspeitas, encaminhadas pelos estados. Mas nenhum caso havia sido confirmado no país.

O diagnóstico recente foi feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública Prof. Gonçalo Moniz – Lacen/BA e pelo Laboratório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP. A identificação do superfungo requer métodos laboratoriais específicos, uma vez que a C. auris pode ser facilmente confundida com outras espécies.

O fungo pode causar infecções da corrente sanguínea, originárias de machucados e de ouvido. Os sintomas são comuns e incluem febre, dores e fadiga. Mas podem levar a morte se não tratada, principalmente se o paciente já estiver com outros problemas de saúde.

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O tratamento é a principal preocupação das autoridades. Embora a maioria dos casos possa ser tratada com medicamentos chamados echinocandins, algumas já adquiriram resistência a muitos remédios antifúngicos. Nesses casos, é necessário aumentar a dose e usar várias medicações diferentes.

Em ambientes de saúde, o fungo se espalha de pessoa para pessoa ou por equipamentos e superfícies contaminadas. Sobre a letalidade, ainda não se sabe se ela é mais letal do que outros tipos de Candida, já que a maioria dos pacientes apresenta condições graves de saúde.

Para acompanhar o caso e prevenir a disseminação de C. auris no país, foi organizada uma força-tarefa nacional composta por representantes de serviços de saúde e vigilância da Bahia, representantes do Ministério da Saúde, representantes da Anvisa e de laboratórios da rede nacional para identificação de C. auris.

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